Propostas de redação para Ensino Médio

Neste artigo veremos uma coletânea de propostas de redação para Ensino Médio. Esta é uma excelente forma de se preparar para provas como as dos principais vestibulares ou mesmo para a prova do Enem, embora esta tenha suas particularidades que serão abordadas ao longo dos exercícios neste site. Como já disse no artigo em que mostro como é por dentro o curso Segredos da Redação Perfeita (clique aqui para ler), a prática é tão importante quanto a teoria quando o assunto é escrever uma redação no Enem. Por causa disso, fique agora coma  primeira série de temas.

Lista de atividades de Redação para o Enem e Vestibular

Proposta de redação sobre Dengue

Todo ano, com a chegada do verão, temos visto mais e mais notícias sobre casos de dengue na nossa região. Segundo o site Combate à Dengue, “só nos primeiros três meses deste ano foram registrados 112 casos da doença na cidade, 14 vezes mais do que no ano passado inteiro”.  É hora de agir já que as campanhas de conscientização parecem não ter funcionado como o esperado. É por isso que nesta semana convidamos vocês a pensar de forma mais efetiva sobre o que podemos fazer para diminuir o risco que corremos.

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Se antes pensávamos apenas em prevenção, agora é uma guerra. Até pouco tempo, ouvíamos falar sobre a Febre Amarela, transmitida por um mosquito. Agora o mosquito transmite outra doença: a Dengue. Mesmo que seja negado pelos governantes, em alguns estados como o Rio de Janeiro, temos uma verdadeira epidemia. Tudo isso piora mais ainda quando pensamos que os doentes estão à mercê da saúde pública.
De quem é a culpa nesse caso? Em qual esfera do governo estão os culpados? Será que não somos nós mesmos que não erradicamos os focos e muitas vezes impedimos a entrada dos agentes de saúde (cerca de 40% deles foram barrados nos portões) que tinham como objetivo destruir os ovos do mosquito? Veja um exemplo desse discurso na charge acima.

 


O tema da nossa redação da semana é “Como evitar a proliferação da dengue?”. Como afirmei, é muito importante que não fiquemos apenas no discurso, mas ponhamos a mão na massa, ou melhor, nos possíveis focos do mosquito. Leia a coletânea abaixo, observe as instruções e  desenvolva seu texto.

COLETÂNEA DE TEXTOS SOBRE A DENGUE

TEXTO 1

A ação mais simples para prevenção da dengue é evitar o nascimento do mosquito, já que não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação. Para isso, é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para a reprodução. A regra básica é não deixar a água, principalmente limpa, parada em qualquer tipo de recipiente. Como a proliferação do mosquito da dengue é rápida, além das iniciativas governamentais, é importantíssimo que a população também colabore para interromper o ciclo de transmissão e contaminação. Para se ter uma ideia, em 45 dias de vida, um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas.

TEXTO 2

A dengue é uma doença infecciosa aguda cujo vírus é transmitido pela picada de mosquitos urbanos do gênero Aedes, parecido com o pernilongo. Segundo a Superintendência de Combate a Endemias (Sucen) de São Paulo, qualquer pessoa pode contrair a dengue.

Há quatro tipos de dengue, mas os mais comuns no Brasil são os 1 e 2. “O tempo de incubação da doença tipo 1, 2, 3 e 4, varia de cinco a sete dias, podendo ser um pouco mais ou menos dependendo do caso”, afirma o infectologista Davi Uip. A Sucen identificou casos do tipo 1 em Mato Grosso, Tocantins, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás. Do tipo 2, em Minas Gerais, Maranhão, Bahia e Ceará. Já o Rio de Janeiro, registrou a dengue dos dois tipos (1 e 2).

O mais perigoso dos tipos de dengue é o tipo 3, que provoca a dengue hemorrágica. Os sintomas iniciais são os mesmos da dengue comum. A diferença é que, quando a febre acaba, começam a surgir sangramentos, a pressão cai, os lábios ficam roxos. A pessoa sente fortes dores no abdome e alterna sonolência com agitação. Se não tratada nos primeiros estágios, a dengue hemorrágica pode levar à morte.

INSTRUÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA REDAÇÃO SOBRE A DENGUE

  • Pesquise. Não se limite à coletânea nem ao discurso que você tem ouvido;
  • Escreva um texto dissertativo de aproximadamente 30 linhas;
  • Faça letra legível.
  • Revise o que escreveu.

Uma das estruturas dissertativas trabalhadas em sala de aula é aquela em que tratamos de temas polêmicos. Nela, apresentamos, no mínimo, um argumento favorável e um contrário. No fim do texto, podemos ou não escolher uma das posições para reforçá-la. Esta proposta de redação é sobre isso. Procure fazê-la com esmero e valorize a argumentação para demonstrar toda sua capacidade argumentativa. Boa produção.

 

Proposta de redação sobre aborto

TEXTO 1:

Aborto

O primeiro dos direitos naturais do homem é o direito de viver. O primeiro dever é defender e proteger o seu primeiro direito: a vida.
O mais elementar direito humano é o de nascer. Os outros liberdade, educação, saúde, trabalho, justiça, cidadania – só ganham sentido se houver o ser humano para desfrutá-los. Cercear o direito à vida é negar todos os demais.
A Humanidade se divide na hora de definir em qual momento a vida tem início. Seria na concepção? Seria antes? Seria depois? Em torno desta divergência surge a dúvida sobre a legitimidade do aborto. Grupos pró e contra levantam suas bandeiras, centrados no foco de seus respectivos interesses.
Há posições das diversas ciências como psicologia, antropologia, medicina. Há postulados morais e religiosos. Há as diferentes correntes sócio-políticas.

TEXTO 2:

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Baseado nos textos acima, na discussão em classe e em suas pesquisas, desenvolva seu texto dissertativo seguindo as instruções abaixo:

Instruções

  • seu texto deve obrigatoriamente apresentar os prós e contras do aborto;
  • fundamente concretamente suas idéias. Não fique na base do achismo;
  • escreva seu texto a tinta;
  • faça entre 25 e 30 linhas;
  • use trechos da coletânea sem, contudo, perder a autoria.
  • não use a primeira pessoa na dissertação.

Proposta de redação sobre heróis modernos

É certo que, com o passar do tempo, as palavras podem ganhar ou perder valor semântico. O que quero dizer é que determinados vocábulos que antes poderiam ser considerados xingamentos, hoje são ditos como se nada significassem. Um exemplo claro disso é a palavra “mulato” que, certa vez li que significava “aquele que faz o trabalho da mula”. Nunca procurei saber se é verdadeira a definição, mas hoje em dia a palavra é usada como adjetivo até mesmo desejável. Quem é que não se lembra das mulatas do Sargenteli?  Pensando agora na proposta de redação que usei com meus alunos do Ensino Médio e que ganhou neste ano uma coletânea um pouco maior, vamos pensar no valor da palavra “herói”.

Numa época em que se fala muito a respeito do legado deixado por Ayrton Senna e em que pensamos na Copa do Mundo, volta a ser pertinente discutir o verdadeiro papel dos nosso heróis da atualidade. Agora, com o “fracasso” da seleção brasileira na Copa do Mundo do Brasil, mais uma vez pensamos o excessivo valor que damos aos jogadores. Neymar é amado, idolatrado, assim como o zagueiro Davi Luiz. Longe de mim questionar o valor que ambos têm para a população, mas deveríamos refletir um pouco mais sobre a palavra e o valor semântico dela.

Sugiro ainda que procurem sobre os “médicos sem fronteiras” como forma de fundamentar concretamente seu texto.

Esta é uma proposta de redação que trabalhei em sala de aula na época em que Ronaldo Nazário de Lima, o Fenômeno, aposentou-se. A discussão continua aberta: quem são nossos heróis?

Leia a coletânea abaixo e, refletindo sobre a questão proposta, redija seu texto dissertativo obedecendo as instruções.

Texto 1

“O herói tem sempre sua iniciação através de uma tarefa imposta pelo destino, como Davi ao enfrentar o gigante Golias; o príncipe que resgata a princesa presa na torre; o cavaleiro que luta contra o dragão que guarda o tesouro; Robin Hood que devolve aos pobres o que lhes foi roubado; Zorro em favor dos fracos; Ayrton Senna que honrou o Brasil com suas vitórias e sua dedicação ao esporte; Tiradentes e tantos outros. O herói serve à humanidade e seu triunfo é sempre a volta, o retorno à sociedade com algo valioso que geralmente é um bem espiritual, como honra, glória, dignidade. Podemos ser heróis em nossas próprias vidas. Possibilidades e potencialidades precisam de um acontecimento externo para que sejam realizadas. Muitas de nossas qualidades vivem à sombra da consciência esperando uma oportunidade para serem atualizadas. Nosso herói interior está lá à espreita de uma ocasião para ser revelado. (…) Vivemos dias de muitas dificuldades emocionais, carentes de dignidade e coragem. Certamente estamos unidos pelo inconsciente buscando heróis. Que venham, mas que isso seja através do verdadeiro arquétipo fraterno e não por mais guerras e conflitos. Que venham em atitudes humanitárias.”

Texto 2

Assista à apresentação abaixo, bastante conhecida na internet. Ela fala sobre a confusão moderna no conceito de herói.

Leia também:

Proposta de Redação

Após a leitura dos textos dados, fica claro que temos um problema conceitual quando falamos em heróis. Sua tarefa é justamente pensar nisso. Quem são nossos heróis atualmente? O que faz uma pessoa receber um nome como esse?

Instruções:

  • Escreva um texto dissertativo e prosa abordando o tema;
  • Escreva seu texto com letra legível;
  • Faça entre 20 e 30 linhas;
  • Preencha o cabeçalho da folha por completo;
  • Argumente com propriedade, fundamente suas ideias;
  • Use a coletânea, mas não perca a autoria de seu texto.

Proposta de redação narrativa

O tema de redação desta semana foi usado no vestibular de uma grande universidade pública. Nele, vamos novamente pensar numa situação hipotética. Leia-o e, em seguida, faça aquilo que se pede. Boa produção.

Imagine a seguinte situação: um dia você acorda com o habitual ruído do jornal atirado contra a parede. Levanta-se, abre a porta da rua e o apanha. Ao olhar à sua volta, vê que a placa da rua teve o nome mudado de Rua dos Colibris para Rua YN-15. Você entra em pânico – o que aconteceu? Num primeiro momento, tenta convencer-se de que a mudança da placa não deveria ter-lhe causado tal reação. Mais tarde, com uma série de outras descobertas que fará, acaba por compreender que sua reação tinha mesmo razão de ser.

Proposta da semana

Redija uma narrativa em 1ª pessoa, incluindo os elementos apresentados e justificando a razão de ser do pânico com base no que você descobriu.

Instruções para proposta da semana

Atenção: se você não seguir as instruções relativas ao tema sua redação será anulada.

  • O narrador é, obrigatoriamente, em 1º pessoa;
  • Escreva, no máximo, 30 linhas;
  • Caracterize a personagem bem como os outros que poderão aparecer na narrativa;
  • Use caneta azul escura ou preta.
  • Preencha o cabeçalho por completo.

 

Proposta de redação sobre o tema “Ninguém é feliz”

 

No ano de 1995, a Unicamp trouxe como proposta de redação o tema que será desenvolvido por vocês nesta semana. Você encontrará abaixo elementos para a construção de um texto narrativo em que se tematiza o relacionamento entre duas pessoas, o cruzamento de duas vidas. Sua tarefa será desenvolver essa narrativa, segundo as instruções.

Coletânea

“A tragédia deste mundo é que ninguém é feliz, não importa se preso a uma época de sofrimento ou de felicidade. A tragédia deste mundo é que todos estão sozinhos. Pois uma vida no passado não pode ser partilhada com o presente.” (Alan Lightman, Sonhos de Einstein, 1993)

Instruções para a proposta de redação

Um homem, uma mulher

  • Uma mulher deitada no sofá, cabelos molhados, segurando a mão de um homem que nunca voltará a ver.
  • Luz do sol, em ângulos abertos, rompendo uma janela no fim da tarde (…) Uma imensa árvore caída, raízes esparramadas no ar, casca e ramos ainda verdes.
  • O cabelo ruivo de uma amante. Selvagem, traiçoeiro, promissor.
  • Um homem sentado na quietude de seu estúdio, segurando a fotografia de uma mulher; há dor no olhar dele.
  • Um rosto estranho no espelho, grisalho nas têmporas.
  • As sombras azuis das árvores numa noite de lua cheia.
  • O topo de uma montanha com um vento forte constante constante.

Instruções Gerais:

Escolha os elementos que quiser acima e, observando as instruções abaixo construa as duas personagens, o cenário, o enredo e o tempo de sua narrativa.

  • O foco narrativo deverá ser em 3ª pessoa.
  • O desenvolvimento do enredo, a partir da cena escolhida por você, deverá levar em consideração o trecho de Alan Lightman, que introduz a coletânea.
  • Escreva, no máximo, 30 linhas;
  • Use caneta azul ou preta;
  • Preencha seu nome e seus dados por completo no cabeçalho da folha de redação.

 

Proposta de redação sobre pais e filhos

Esta é uma proposta de redação que usei nas minhas aulas de Ensino Médio. Como nosso objetivo como professores é o de preparar vocês para as situações que lhes serão apresentadas, convém treinarmos também a modalidade narrativa. Esta que vocês verão abaixo, é uma proposta da Unicamp e pode ser, facilmente desenvolvida por vocês. Observem os elementos dados e façam o que se pede. Boa produção.

Texto-base para a produção textual

“A tragédia deste mundo é que ninguém é feliz, não importa se preso a uma época de sofrimento ou de felicidade. A tragédia deste mundo é que todos estão sozinhos. Pois uma vida no passado não pode ser partilhada com o presente.” (Alan Lightman, Sonhos de Einstein, 1993)

Instruções da proposta de redação narrativa

Um pai, um filho

  • Uma criança à beira mar, enfeitiçada pela primeira visão que tem do oceano.
  • Um barco na água da noite, suas luzes ténues na distância, como uma pequena luz vermelha no céu negro.
  • Um livro surrado sobre uma mesa ao lado de um abajur de luz branda.
  • Uma chuva leve em um dia de primavera, em um passeio que será o último passeio que um jovem fará ao lugar que ele ama.
  • Um pai e um filho sozinhos em um restaurante; o pai, triste, olhos fixos na toalha da mesa.
  • Um trem com vagões vermelhos, sobre uma grande ponte de pedra, de arcos delicados, o rio que sob ela corre, minúsculos pontos que são casas à distância.

Instruções Gerais:

  • Escolha dentre os elementos dados para construir as duas personagens, o cenário, o enredo e o tempo de sua narrativa.
  • O foco narrativo deverá ser em 3ª pessoa.
  • O desenvolvimento do enredo, a partir da cena escolhida por você, deverá levar em consideração o trecho de Alan Lightman, que introduz a coletânea.
  • Faça, no máximo, 30 linhas.
  • Preencha por completo o cabeçalho da folha de redação.

 

Proposta de redação sobre o ano internacional da Química

Segundo o site Química 2001, na 63ª sessão da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)  foi aprovado e proclamado, para 2011, o Ano Internacional da Química, conferindo à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e à União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) a coordenação das atividades mundiais. O objetivo é a celebração das grandes descobertas e dos últimos avanços científicos e tecnológicos da química.

Dentre os avanços relacionados ao desenvolvimento da Química está a descoberta da radiação. É sobre isso que falaremos nessa proposta de redação que será aplicada igualmente nos três níveis do Ensino Médio.

O acidente ocorrido na usina nuclear de Fukushima, no Japão, é o mais terrível desde o desastre de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986. O terremoto e o tsunami que devastaram o país em 11 de março comprometeram o sistema de refrigeração dos reatores, o que levou a incêndios e explosões. A emergência está no nível 5 de uma escala que vai só até 7 – grau máximo atingido pelo desastre de Chernobyl. Isso tem levado o mundo a refletir mais uma vez sobre os perigos da radiação. Se colocássemos numa balança, será que o saldo em defesa de seu uso seria positivo?

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Baseado na coletânea, em suas pesquisas individuais e nas aulas que já teve sobre o tema aqui no colégio, redija um texto dissertativo tratando do tema “radiação”. Sugiro que, em seu texto, você explore os prós e contras dessa descoberta, porém você tem liberdade para tratar apenas do que há de positivo ou de negativo.

COLETÂNEA DE TEXTOS

TEXTO 1:

No ano de 1896, o físico francês Antoine-Henri Becquerel (1852-1908) observou que um sal de urânio possuía a capacidade de sensibilizar um filme fotográfico, recoberto por uma fina lâmina de metal.
Em 1897, a cientista polonesa Marie Sklodowska Curie (1867-1934) provou que a intensidade da radiação é sempre proporcional à quantidade do urânio empregado na amostra, concluindo que a radioatividade era um fenômeno atômico.

Anos se passaram e a ciência foi evoluindo até ser possível produzir a radioatividade em laboratório. Veja a diferença entre radiação natural e artificial:

 Radioatividade natural ou espontânea: É a que se manifesta nos elementos radioativos e nos isótopos que se encontram na natureza.
 Radioatividade artificial ou induzida: É aquela produzida por transformações nucleares artificiais.
A radioatividade geralmente provém de isótopos como urânio-235, césio-137, cobalto-60, tório-232, que são fisicamente instáveis e radioativos, possuindo uma constante e lenta desintegração. Tais isótopos liberam energia através de ondas eletromagnéticas (raio gama) ou partículas subatômicas em alta velocidade, é o que chamamos de radiação. O contato da radiação com seres vivos não é o que podemos chamar de uma boa relação.

Os efeitos da radiação podem ser em longo prazo, curto prazo ou apresentar problemas aos descendentes da pessoa infectada (filhos, netos). O indivíduo que recebe a radiação sofre alteração genética, que pode ser transmitida na gestação. Os raios afetam os átomos que estão presentes nas células, provocando alterações em sua estrutura. O resultado? Graves problemas de saúde como a perda das propriedades características dos músculos e da capacidade de efetuar as sínteses necessárias à sobrevivência.
A radioatividade pode apresentar benefícios ao homem e por isso é utilizada em diferentes áreas. Na medicina, ela é empregada no tratamento de tumores cancerígenos; na indústria é utilizada para obter energia nuclear e na ciência tem a finalidade de promover o estudo da organização atômica e molecular de outros elementos. [fonte]

TEXTO 2:

A energia nuclear é responsável por 16% da eletricidade consumida no mundo — e também por alguns dos piores pesadelos da humanidade. A concretização de um deles, o acidente na usina de Chernobyl, na Ucrânia, colocou o mundo em choque em 1986. Agora, o planeta novamente assiste com apreensão aos vazamentos nucleares no Japão, que tiveram início após o devastador terremoto que atingiu o país na última sexta-feira. As usinas nucleares são consideradas uma fonte de energia limpa porque emitem pouco carbono e, por isso, não contribuem para o aquecimento global – mas é impossível ignorar os riscos que elas representam aos países que as abrigam.

O acidente de Chernobyl, que se tornaria o maior desastre nuclear da história, ocorreu na madrugada do dia 26 de abril de 1986, durante um teste de rotina do reator número 4 da usina. Por um erro dos técnicos, o processo de reação nuclear em cadeia se descontrolou, aquecendo a água que deveria resfriar o reator. Seguiram-se uma explosão e um incêndio que durou dez dias, espalhando toneladas de material radioativo por uma área de 150.000 quilômetros quadrados.

O debate sobre a energia atômica é tão antigo quanto sua utilização. Em 1971,reportagem de VEJA relatava o debate sobre o tema nos Estados Unidos, país que recebeu sua primeira usina nuclear em 1957. O uso da tecnologia atômica em território americano ficava a cargo da Comissão de Energia Atômica (AEC), abolida em 1974. “Para os mais acesos de seus críticos, a AEC, que hoje planta instalações para gerar a energia, amanhã colherá crianças geneticamente doentes, cânceres e terra envenenada”, dizia o texto de VEJA. “Mas os defensores da energia nuclear veem os átomos por um lado diferente. ‘A chave para uma civilização avançada é um avançado padrão de vida’, diz Glenn F. Seaborg, presidente da AEC. ‘E a chave para isso é a energia’.”

As usinas nucleares chegaram ao Brasil na década de 70. A usina de Angra 1 fora comprada praticamente pronta, em 1969, da americana Westinghouse. O objetivo era que iniciasse o fornecimento comercial de energia elétrica em 1977, com um custo total de construção de 300 milhões de dólares. Porém, Angra 1 só entrou em funcionamento seis anos mais tarde, após ter consumido 1,8 bilhão de dólares. Em 2000, foi inaugurada a Angra 2, que levou mais de 20 anos para ser construída. Já a construção da usina nuclear Angra 3 sofre, há mais de trinta anos, de paralisia crônica. O Brasil perdeu muito dinheiro em Angra dos Reis. Com o capital gasto no projeto nuclear até aqui, seria possível construir cinco usinas nucleares, não apenas três.

A história recente do país evidencia o grau de amadorismo e fragilidade com que o Brasil trata um assunto tão delicado. Em 2004, uma fábrica de urânio em Resende, interior do Rio, vazou, atingiu quatro operadores – e tudo ficou na surdina. Mas o pior acidente nuclear em território brasileiro ocorreu em 1987, em Goiânia. Uma unidade de radioterapia abandonada nas ruínas do Instituto de Radioterapia, contendo uma cápsula de Césio, um poderoso elemento radioativo, foi destruída por catadores de papel. Quatro pessoas morreram vítimas da contaminação. E as autoridades brasileiras tentaram encobrir por todos os meios suas responsabilidades pela tragédia.

Como se nota na reação da comunidade internacional em relação à crise nuclear japonesa, acidentes em usinas fazem os países repensar o uso de energia atômica. Nos anos que se seguiram à tragédia de Chernobyl, a maior parte dos países desistiu ou abandonou seus projetos nucleares, principalmente em razão dos custos cada vez mais altos de construção ou da pressão dos ecologistas. Os Estados Unidos já haviam interrompido a construção de novos reatores desde 1979, quando ocorreu um superaquecimento do reator de Three Mile Island.

A tragédia no Japão ocorre justamente num momento de retomada dos investimentos em energia nuclear. Reportagem de VEJA de 2008 já mostrava como uma tecnologia vista até bem pouco tempo como sinistra passou a ser encarado, em muitos países, como uma esperança de energia limpa e barata. O renascimento da energia nuclear é explicado por uma conjunção de fatores. O primeiro é econômico. A disparada do preço do petróleo e do gás natural, que juntos respondem por 25% da eletricidade produzida no planeta, torna cada vez mais cara a energia obtida desses combustíveis fósseis. O segundo fator que impulsiona o renascimento da energia nuclear é o combate ao aquecimento global, uma causa que mobiliza governos e opinião pública.

A rigor, o único problema das usinas nucleares é o que fazer com o lixo atômico que produzem. Até agora não se tem uma solução prática para os rejeitos radioativos que não seja o armazenamento, o que ainda deixa boa parte da opinião pública desconfiada com a nova escalada na construção de reatores. Há esperança de que, no futuro, se descubra uma forma mais eficiente de descartar esse material ou reutilizá-lo. Novamente, porém, o futuro dos investimentos em energia nuclear volta a ficar incerto em boa parte do planeta.

TEXTO 3:

Esta charge de Adams publicada no jornal britânico The Telegraph reproduz a tragédia que atingiu o Japão, utilizando como pano de fundo a tradicional bandeira do exército nipônico que representa a Terra do Sol Nascente.

A sequência capta o esplendor do sol no momento do primeiro impacto do terremoto, e o seu progressivo ocaso, quando os raios diminuem obstruídos pela chegada do tsunami e da radiação proveniente da explosão da usina nuclear.

INSTRUÇÕES

Esta proposta de redação para o Ensino Médio não traz muitas novidades nos critérios. Atente principalmente para os seguintes pontos:

  • Escreva entre 20 e 30 linhas;
  • Tome MUITO cuidado com a estética de seu texto;
  • Use a coletânea se quiser, mas não copie trechos e indique a fonte;
  • Evidencie já no primeiro parágrafo a tese a ser desenvolvida.

 

Proposta de redação sobre o dia internacional da mulher

Nesta terça, dia 08 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher. A coincidência chega a ser sarcástica, visto que é terça de carnaval e esta é uma festa que explora demais a imagem das mulheres.

É bom lembrar que na Idade Média, muitas mulheres eram vistas pela Igreja Católica como seres diabólicos que atraíam o homem para o pecado. Isso levou muitas a serem queimadas em praça pública. Já no Brasil Colônia, elas eram moeda de troca, material usado para arranjos políticos e alianças comerciais.

Aqui no Brasil, em 2006, aprovou-se a Lei Maria da Penha, sobre a qual você poderá ler abaixo, e os direitos femininos no Brasil passaram a ser vistos com outros olhos e cuidados. Há, no entanto, muito a ser mudado e melhorado ainda.

Vamos pensar sobre isso? Leia a coletânea e as instruções para desenvolver seu texto narrativo.

Coletânea de textos

Texto 1

A mulher na Idade Média

A participação e o lugar da mulher na História foram negligenciados pelos historiadores por muito tempo. Elas ficaram à sombra de um mundo dominado pelo gênero masculino. Ao pensarmos o mundo medieval e o papel desta mulher, esse quadro de exclusão se agrava ainda mais, pois alem do silêncio que encontramos nas fontes, os textos que muito raramente tratam o mundo feminino estão impregnados pela aversão dos religiosos da época por elas.
Na Idade Média, a maioria das idéias e de conceitos eram elaborados pelos Escolásticos. Tudo o que sabemos sobre as mulheres deste período saiu das mãos de homens da Igreja, pessoas que deveriam viver completamente longe delas. Muitos clérigos consideravam-nas misteriosas; não compreendiam, por exemplo, como elas geravam a vida e curavam doenças utilizando ervas.
A mulher para os clérigos era considerada um ser muito próximo da carne e dos sentidos e, por isso, uma pecadora em potencial. Afinal, todas elas descendiam de Eva, a culpada pela queda do gênero humano. No inicio da Idade Média, a principal preocupação com as mulheres era mantê-las virgens e afastar os clérigos desses seres demoníacos que personificaram a tentação. Dessa forma, a maior parte das autoridades eclesiásticas desse período via a mulher como portadora e disseminadora do mal.
Isso a tornava má por natureza e atraída pelo vício. A partir do século XI, com a instituição do casamento pela Igreja, a maternidade e o papel da boa esposa passaram a ser exaltados. Criou-se uma forma de salvação feminina a partir basicamente de três modelos de mulher: Eva (a pecadora), Maria (o modelo de perfeição e santidade) e Maria Madalena (a pecadora arrependida). O matrimonio vinha para saciar e controlar as pulsões femininas. No casamento a mulher estaria restrita a um só parceiro, que tinha a função de dominá-la, de educá-la e de fazer com que tivesse uma vida pura e casta.
http://www.brasilescola.com/historia/a-situacao-da-mulher-na-idade-media.htm

Texto 2

Para juiz, proteção à mulher é “diabólica”

Alegando ver “um conjunto de regras diabólicas” e lembrando que “a desgraça humana começou por causa da mulher”, um juiz de Sete Lagoas (MG) considerou inconstitucional a Lei Maria da Penha e rejeitou pedidos de medidas contra homens que agrediram e ameaçaram suas companheiras. A lei é considerada um marco na defesa da mulher contra a violência doméstica.
“Ora, a desgraça humana começou no Éden: por causa da mulher, todos nós sabemos, mas também em virtude da ingenuidade, da tolice e da fragilidade emocional do homem (…) O mundo é masculino! A idéia que temos de Deus é masculina! Jesus foi homem!”
A Folha teve acesso a uma das sentenças do juiz Edilson Rum-belsperger Rodrigues que chegou ao Conselho Nacional de Justiça. Em 12 de fevereiro, sugeriu que o controle sobre a violência contra a mulher tornará o homem um tolo.

Proposta de redação

Você fará um texto narrativo sobre o seguinte tema:

“É verdade que a mulher contemporânea alcançou, neste novo milênio, direitos que nunca foram a ela garantidos anteriormente?”

Sua personagem viajará no tempo. Em seu enredo, mostre como ela vivia no passado e o estranhamento que viveu quando ao participar de uma experiência, viu-se no futuro, em nossos dias.

Instruções

a)      Tente alcançar um mínimo de 30 linhas;
b)      Caracterize bem as épocas em que sua personagem está;
c)      Tome cuidado para não cometer incoerências criando situações que não existiam na época;
d)      Escolha o foco narrativo no qual se sentir mais confortável;
e)      Fuja de texto circular, ou seja, nada de repetir-se infinitamente, girando em torno de um mesmo eixo que não se desenvolve.

 

Proposta de redação sobre a importância da escrita

Escrever corretamente é obrigação de todos aqueles que desejam ser compreendidos. É importante que se saiba que parte da imagem que as pessoas têm de nós é construída por aquilo que escrevemos. Por este, entre outros motivos, é que entender um pouco de Língua Portuguesa não só fará bem a você como também poderá abrir muitas portas…
Vamos, portanto, à proposta de redação da semana.
Antes de desenvolver sua proposta de redação, leia atentamente a coletânea de textos; além disso, assista ao filme abaixo e veja a importância de se escrever corretamente nos dias atuais.
Instruções:
  • Leia atentamente os textos dados;
  • desenvolva sua argumentação fundamentando suas afirmações;
  • Não deixe de preencher por completo o cabeçalho da folha;
  • Valorize a caligrafia para ser melhor entendido.
  • Tente alcançar um mínimo de 30 linhas.
  • Não discuta os fatos levado por emoção violenta, preferência ou escolha de ordem individual.
  • Procure dar exemplos, na parte argumentativa, de fatos recentes e que sejam de conhecimento público, divulgados por jornais e revistas.
  • Fuja de texto circular. Evite retomar as mesmas ideias ao longo do texto.
Coletânea de textos
Texto 1
Na página 25 da Veja de 13 de fevereiro de 2008, temos um artigo do Millôr Fernandes chamado “Língua, pra que vos quero?”. Ei-lo abaixo:
LÍNGUA, PRA QUE VOS QUERO?
Linguagem. Ainda e sempre.
 
Voltando ao dr. Aldo Rebelo, que outros preferem Rabelo. Como o senhor é um nobre batalhador pela pureza da língua (se fosse geneticista ou hitlerista proibiria também as moças brancas de transar com escurinhos e os negões de transar com louras burras, e estaria condenada essa execrável miscigenação), lembrei-o de que a mais brasileira das palavras é futebol. E tem mais, nobre deputado (é nobre ainda, deputado?), futebol talvez seja hoje a mais universal das palavras. Estrangeira em toda parte. Nacional em todo lugar. E o senhor sabe que, no passado, os aldos rebelos de então, numa tentativa de evitar a introdução no país do termo football, lutaram pra que o esporte se chamasse ludopédio? Ou, melhor ainda, pebolismo? Como o senhor, lingüista emérito, já percebeu, não colou.
E, o senhor sabe?, sei que sabe, que a posição dos jogadores ou os próprios jogadores pela posição se chamavam goal-keeper (pronunciava-se gol quíper), back, half, center-half, ou forward, center-forward? E que o juiz se chamava não juiz como agora, que pode até se confundir com os do Supremo de frango, mas, veja só, meritíssimo, referee? Sabe o que aconteceu? Sem nenhum legislador pra ensinar ao povo, o povo tomou a rédea nas mãos – ensinou aos legisladores. Povo tem que ser controlado, como sabemos todos nós do PCB. Por isso temos hoje o goleiro, o zagueiro, o meio-de-campo, o avante e por aí vai. E referee passou a se chamar juiz. Não é estranho? Tudo isso sem legislação. Porém, se não é estranho, é muito curioso, mas ninguém repara. Os times se chamavam, como ainda se chama o meu glorioso Fluminense, Fluminense Futebol Clube. Em nossa língua deveria se chamar não Futebol Clube mas Clube de Futebol. O adjetivo antecedendo o substantivo é puro anglicismo. Mas não é natural, doutor? O esporte bretão (era chamado assim, meritíssimo), como o nome indica, vinha da Inglaterra. Quanto ao córner virar escanteio, sou contra. Corner era muito melhor. Como diria o Jânio (Quadros): “Que língua, a nossa!”.
Texto 2
 
Policiais acham carro roubado com placas de “Frorianópolis” em SP

imagem-erro-placa-de-carro

Um Toyota Corolla roubado foi recuperado na manhã desta sexta-feira por policiais rodoviários graças a um erro de grafia cometido na adulteração do emplacamento. O nome da capital catarinense – Florianópolis – estava escrito como “Frorianópolis”. O homem que dirigia o carro foi preso. O carro foi parado na altura do km 439 da rodovia Régis Bittencourt, sentido Paraná, na região de Registro (231 km a sudoeste de São Paulo). […] Folha de S.Paulo, 16/ jun./2006, Folha On-Line, 14h06.

Proposta de Redação

O tema da nossa redação da semana é título do post onde encontrava-se a notícia de outro roubo frustrado por causa de erros de ortografia.

“Para o bem ou para o mal, o conhecimento e a educação são importantíssimos.”

Veja o post a que me refiro visitando este link: http://www.escribacafe.com/a-ignorancia-e-prejudicial-a-todos/

 

Proposta de redação sobre a menor mulher do mundo

Nesta semana, vamos enfatizar os elementos da narrativa. Estudamos em classe cada um deles e colocaremos em prática agora. Leia o fragmento abaixo e, obedecendo as instruções, desenvolva seu texto narrativo.

“Nas profundezas da África Equatorial o explorador francês Mareei Petre, caçador e homem do mundo, topou com uma tribo de pigmeus de uma pequenez surpreendente. Mais surpreso, pois, ficou ao ser informado de que menor povo ainda existia além de florestas e distâncias. Então mais fundo ele foi.
No Congo Central descobriu realmente os menores pigmeus do mundo. E – como uma caixa dentro de uma caixa, dentro de uma caixa – entre os menores pigmeus do mundo estava o menor dos menores pigmeus do mundo, obedecendo talvez à necessidade que às vezes a Natureza tem de exceder a si própria.
Entre mosquitos e árvores mornas de umidade, entre folhas ricas do verde mais preguiçoso, Mareei Petre defrontou-se com uma mulher de quarenta e cinco centrímetros (…)”

(Clarice Lispector, in Laços de Família, “A menor mulher do Mundo”, p. 77)

Agora que você leu o trecho acima, faça uma narração que obedeça às seguintes orientações:

  • Sua história deverá ser a continuação do texto de Clarice Lispector; Portanto, continue narrando em 3ª pessoa;
  • Não é preciso copiar o texto acima na folha de redação.
  • Imagine os seguintes personagens que comporão sua história:
    a)  uma mulher, com o jornal aberto ao colo, jornal este que estampa na 1ª página a fotografia em tamanho natural daquele pequeno ser;
    b)  uma menina de cinco anos de idade que vê o retrato e ouve os comentários;
    c)  uma noiva, num êxtase de piedade;
    d)  um menino esperto que teve uma ideia esperta;
    e)  uma velha, com uma fita métrica, que vai medir, na parede, o tamanho da pequena criatura.

Leve ainda em conta que:
a)  a menor mulher do mundo ganha um nome do explorador: Pequena Flor;
b)  a menor mulher do mundo está grávida; sua barriga é reluzente e ela está prestes a dar à luz um outro ser.

Você pode ocupar de 25 a 40 linhas. Não se esqueça de que terá de construir apenas o desenvolvimento narrativo e o desfecho, uma vez que a sequência inicial está dada. Lembre-se de que você acabou de estudar personagem, tempo, espaço e ação e espaço e que deve, no transcorrer de seu texto, dar valor adequado a cada um desses componentes textuais.

Proposta de redação sobre ultrarromantismo

Nesta última semana trabalhamos em classe com a leitura da reportagem “A geração romântica” na qual víamos que o lançamento do filme Crepúsculo trouxe de volta o ideal de amor romântico. Leia os fragmentos abaixo bem como as indicações deixadas para, em seguida, produzir seu texto.

Texto 1

Características do amôr cortês

Veja abaixo uma lista de características do amor cortês [fonte]. Esse pressupõe uma concepção platônica e mística do amor, que pode ser resumida nos pontos abaixo:

  • Total submissão do enamorado à sua dama (por uma transposição do amor às relações sociais sob o feudalismo, o enamorado rende vassalagem à sua senhora).
  • A amada é sempre distante, admirável e um compêndio de perfeições físicas e morais.
  • O estado amoroso, por transposição ao amor dos sentimentos e imaginário religioso, é uma espécie de estado de graça que enobrece a quem o pratica.
  • Os enamorados são sempre de condição aristocrática.
  • O enamorado pode chegar a comunicar-se com a sua inatingível …senhora, após uma progressão de estados que vão desde o suplicante (“fenhedor“, em occitano) ao amante (“drut“).
  • Trata-se, frequentemente, de um amor adúltero. Por isso, o poeta oculta o objeto de seu amor substituindo o nome da amada por uma palavra-chave (“senhal“) ou pseudônimo poético.

Texto 2

A geração romântica

Como a série Crepúsculo reformulou, para os adolescentes de hoje, o ideal do amor romântico – aquele ancorado num laço sublime, e não no desejo carnal.

Por Anna Paula Buchalla

Ah, o amor… Como diria o compositor Cole Porte, até “moscas bem-comportadas” se apaixonam. Mas, ao contrário das moscas, que conhecem única dança de acasalamento, o homem desenvolveu mil maneiras de expressar culturalmente essa emoção. O amor romântico foi uma de suas invenções mais notáveis. Sim, invenção, como demonstram fartamente críticos e historiadores […]. O conceito se cristalizou no século XIX, no movimento propriamente batizado de Romantismo. O livro-marco é o sofrimento do Werther, de Goethe, história de uma paixão tormentosa e não consumada. Mais do que retratar um comportamento já disseminado, Werther levou toda uma geração de jovens a sentir o mundo em seus termos (o efeito colateral indesejável foi a epidemia de suicídios que varreu a Europa -já que era esse o destino do protagonista). Algo semelhante se observa atualmente em torno da saga vampiresca Crepúsculo. Os quatro romances da escritora americana Stephenie Meyer, e os dois filmes até agora baseados neles, deram a senha para que o espírito romântico de adolescentes e pré- adolescentes abrisse suas largas asas na era carnal do “ficar” […]

Por trás do sucesso de Crepúsculo não está nem a boa literatura nem as qualidades dos filmes-que agradam só ao público a que se dirigem. O pulo do gato da autora Stephenie Meyer foi combinar, de maneira muito eficaz para consumo adolescente, os principais elementos da tradição romântica: o amor devotado e imortal, que atravessa tormentas e não precisa se consumar no sexo; o homem que protege, salva, cuida, espera… Está tudo ali, para ler e ser visto, o suficiente para libertar o romantismo de uma geração de adolescentes que aparentemente (e só aparentemente) parecia desprezá-lo. “Garotos e garotas participam de uma espécie de corrida, para ver quem beija mais ou quem fica mais”, diz a psicanalista Diana Corso, “Mas há também o movimento inverso, a busca por um amor em que eles possam se sentir desejados.”

Com a revolução sexual dos anos 1960, muitos acreditavam que o amor romântico teria chegado ao fim — como se ele fosse somente o efeito colateral de século de condenação do desejo pelo cristianismo. “Depois da década de 1980, no entanto, o amor romântico teve uma volta significativa”, diz o professor Reddy. “Acho que é porque o desejo não é suficiente para estruturar uma vida e pode até se tornar tedioso quando exercitado sem nenhuma rédea.” Uma vida cheia de namorados e namoradas é exaustiva, impessoal, solitária. Os efeitos de Crepúsculo se dão sobre uma geração que tem próximos de si exemplos desse tipo de comportamento. Justamente por isso, pode ser mais conservadora em relação a valores morais e a instituição do casamento, como mostra, por exemplo, uma pesquisa sobre o pensamento dos jovens realizada neste ano, no Brasil, pelo Instituto Research International. “É como se eles vissem   no casamento um ato de heroísmo, dadas as dificuldades que presenciam na vida real dos pais em criar e manter um casamento de longo prazo”, diz o professor Reddy […].

[…] Ah, o amor.. .Que move o sol e as estrelas, segundo Dante Alighieri, “A ferida que dói e não se sente”, nos versos de Luís de Camões; “É cego e os amantes não podem ver as deliciosas loucuras que eles cometem”, de acordo com William Shakespeare. É muito provável — infelizmente, quase certo — que os adolescentes que alimentam esse sucesso jamais tenham lido uma dessas linhas clássicas sobre o amor. Mas só espírito que transpira dos versos imortais, de um romantismo que, em diferentes medidas, a tudo abarca e suplanta, está bem vivo no seu coração.

BUCHALLA, Ana Paula. In: Veja, São Paulo, ano 42, ed. 2144, n. 51, p. 174-177, 23 dez. 2009. (Fragmentos)

Proposta de redação

Redija sua reportagem a partir do texto lido: “A geração romântica”. Se necessário, faça uma pesquisa para ampliar suas ideias sobre esse assunto. Sua reportagem deve ser predominantemente expositiva, com título principal, lide e finalidade. Não se esqueça de tratar dos seguintes elementos: onde, como e o porquê desse comportamento dos jovens: no seu ponto de vista, é possível morrer de amor? Aborde, também, o amor cortês dos trovadores franceses.Para tanto, seria interessante a abordagem da 2ª geração do Romantismo.

Instruções

  • Redija seu texto a caneta;
  • Escreva entre 20 e 30 linhas;
  • Preencha o cabeçalho por completo;
  • Releia a reportagem na coletânea e veja sua estrutura;
  • Cumpra fielmente as instruções. Seu texto pode ser anulado se isso não ocorrer.

Você já pensou no que é uma atitude coerente com a sustentabilidade? Veja algumas ações retiradas do site Pão e Ecologia:

  • Utilize a água de forma racional. Durante o banho abra a torneira apenas no enxágue e nas demais atividades como ensaboar-se e lavar os cabelos, mantenha-a fechada. A mesma dica serve para escovar os dentes;
  • Se em seu bairro existir a coleta seletiva de lixo e reciclagem, participe. Sua participação resume-se na separação do lixo em orgânico, papel, plástico, metal e vidro. Faça a entrega do lixo separado ao serviço de coleta;
  • Dê preferência a produtos reciclados. Utilize papel, plástico, vidro e metais oriundos da reciclagem. Estes produtos não apresentam padrão inferior de qualidade;
  • Caminhe, sempre que possível, para percorrer pequenas distâncias. Então para ir à padaria, jornaleiro, minimercado e a feira do bairro, caminhe é melhor para sua saúde;

Disponível em http://paoeecologia.wordpress.com/2009/11/27/sustentabilidade/

Como você pode ver nas dicas acima, não é tão difícil mudar alguns comportamentos em prol de uma sociedade menos poluente e que use de forma racional os recursos naturais.

Se não agirmos de forma sustentável, certamente a charge abaixo se tornará realidade. Veja:

Fonte da imagem: http://arrastao.apostos.com/2008/12/12/perspectiva/

Seu trabalho nessa atividade é produzir um texto narrativo que represente nossa sociedade. Em seu texto, duas personagens de atitudes bastante antagônicas no que se refere à sustentabilidade conviverão na mesma casa. Crie um conflito decorrente dessas posturas e maneira que seu leitor fique convencido de que deve agir com consciência ecológica.

Instruções:

  • Caracterize bem suas personagens;
  • Valorize os elementos da narrativa;
  • Dê um título ao seu texto;
  • O texto deve ter entre 20 e 30 linhas;
  • Preencha o cabeçalho da folha de redação por completo.