Atividade de interpretação de textos ➜ Como nascem

Interpretar textos inclui a leitura e a compreensão de textos escritos. É uma atividade que para ser bem executada exige conhecimento sobre muitos assuntos como sentido figurado. Aqui em nosso material apresentamos uma série de exercícios de interpretação com gabarito. Você pode encontrar todos eles clicando aqui ou pesquisando por exercícios de interpretação de textos com gabarito aqui na barra superior do site.

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Atividade de interpretação de textos

COMO NASCEM, VIVEM E MORREM AS ESTRELAS?

A existência de um astro, que dura de 100 milhões a 1 trilhão de anos, passa por três fases: nascimento, meia-idade e maturidade.

“Todas as estrelas nascem da mesma forma: pela união de gases”, diz o astrônomo Roberto Boczko, da Universidade de  São Paulo (USP).  Partículas de gás (geralmente hidrogênio) soltas no Universo vão se concentrando devido às forças gravitacionais que puxam umas contra as outras.

Formam, assim, uma gigantesca nuvem de gás que se transforma em estrela – isto é, um corpo celeste que emite luz.

A  gravidade  espreme  essa  massa gasosa  a   tal ponto que funde os átomos em seu interior. Essa fusão é uma reação atômica que transforma hidrogênio em hélio, gerando grande quantidade de calor e de luz. Um exemplo de estrela jovem são as Pleiades, na Via Láctea, resultado de fusões que começaram há poucos milhões de anos.

Durante   a   meia-idade   –   cerca   de   90%   da   sua   existência   -, a estrela permanece em estado de equilíbrio. Seu brilho e tamanho variam pouco, ocorrendo apenas uma ligeira contração. É o caso do Sol, que, com 4,5 bilhões de anos, se encontra nessa fase intermediária de sua existência, sofrendo mínima condensação.

Quando a maior    parte   do   hidrogênio    que   a   com  põe se   esgota, a estrela entra na maturidade – este sim, um período de drásticas transformações. Praticamente todo o hidrogênio do núcleo já se converteu em hélio. Com isso, diminui a fusão entre as moléculas de gás e começa um período de contração e aquecimento violentos no corpo celeste. A quantidade de calor e luz gerados é tão grande que o movimento se inverte: o astro passa a se expandir rapidamente. Seu raio chega a aumentar 50 vezes e o calor se dilui. A estrela vira uma gigante vermelha. Um exemplo é Antares, na constelação de Escorpião – uma amostra de como ficará o Sol daqui a 4,5 bilhões de anos, engolindo todo o Sistema Solar.

Já na maturidade, a falta de hidrogênio torna-se crítica. Apesar da rápida expansão, a fusão entre os gases diminui continuamente: o astro caminha para o seu fim. O modo como ele morrerá depende da sua massa.

Se ela for até duas vezes a do Sol, sua contração transformará o corpo celeste em um pequeno astro moribundo, cuja gravidade já não consegue segurar   os gases da periferia. Mas se a massa for de duas a três vezes a   do Sol, a contração final será muito forte, criando um corpo celeste extremamente denso chamado pulsar, ou estrela de neutrons. Quando a massa é maior, a condensação final é mais violenta ainda e o núcleo do antigo astro vira um buraco negro – sua densidade é tão alta que ele não deixa nem a luz escapar. Simultaneamente, os gases da camada mais periférica dessa estrela se transformam em uma supernova – massa de gás que brilha por pouco tempo até sumir de uma vez por todas.

(Superinteressante, agosto de 2001)


1) A ciência de que trata o texto se chama:

a) Biotecnia

b) Exobiologia

c) Astronomia

d) Astrologia

e) Ufologia

2) Segundo o texto:

a) nem todos os astros morrem.

b) as Pleiades são estrelas na fase da maturidade.

c) as estrelas nem sempre possuem luz própria.

d) o Sol ainda não entrou na fase da maturidade.

e) os astros têm um mesmo tipo de nascimento e morte.

3) “A gravidade espreme essa massa gasosa a tal ponto que funde os átomos em seu interior.” Se começarmos o período acima por “A gravidade funde os átomos em seu interior”, o elemento conector que deverá ser usado para que se mantenha a coesão textual e o sentido original é:

a) se bem que

b) contudo

c) porque

d) caso

e) a fim de que

4) Só não diz respeito à maturidade de uma estrela:

a) fase de grandes transformações

b) expansão rápida

c) conversão de hidrogênio em hélio

d) escassez de hidrogênio

e) aumento contínuo de calor, até a morte

5) Sobre Antares, com base no texto, não se pode afirmar:

a) é estrela na fase da maturidade.

b) situa-se na constelação de Escorpião.

c) é uma estrela vermelha.

d) Seu raio aumentou muito.

e) não pertence à Via Láctea.

6) Sobre o pulsar, podemos inferir que:

a) é um tipo de estrela de meia-idade.

b) é um astro que surge com a morte de uma estrela.

c) é o mesmo que buraco negro.

d) é um astro de massa semelhante à do Sol.

e) os gases de sua camada periférica transformam-se em uma supernova.

7) Com base nas idéias contidas no texto, só não se pode dizer que:

a) o tempo de vida dos astros é bastante variado.

b) toda estrela tem origem numa nuvem de gás.

c) a maior parte da vida de um astro é a meia-idade.

d) As Pleiades, o Sol e Antares têm em comum apenas o fato de serem estrelas.

e) uma estrela de neutrons é tão densa quanto um buraco negro.

8) Os dois pontos que aparecem depois de “continuamente” (/. 30) podem ser substituídos, sem alteração de sentido, por:

a) porque

b) e

c) mas

d) ou

e) à medida que

Gabarito dos exercícios

1) Letra c

Biotecnia é a técnica da adaptação dos organismos vivos às necessidades dos homens. Exobiologia é a ciência que estuda a possibilidade de vida extraterrestre. Astrologia é o estudo da influência dos astros no destino e no comportamento dos seres humanos. Ufologia é a ciência que trata da presença na Terra de naves extraterrestres, popularmente chamadas de discos voadores. Astronomia é a ciência que trata da constituição, da posição relativa e dos movimentos dos astros. A resposta, assim, só pode ser a letra c.


2) Letra d

O quarto parágrafo do texto mostra quando um astro entra na fase da maturidade. O exemplo dado é Antares, segundo o texto, “uma amostra de como ficará o Sol daqui a 4,5 bilhões de anos”. Ou seja, o Sol ainda não se encontra na maturidade, porém na meia-idade.


3) Letra c

Uma questão de coesão textual. O período apresentado é formado por duas orações, sendo que a primeira indica causa, e a segunda, conseqüência. É aquela estrutura que se aprende em gramática: tal…que, sendo a oração do que consecutiva. Ora, se começarmos pela segunda oração, com a eliminação desse que, a oração seguinte será subordinada causai. A única conjunção que tem esse valor é porque.


4) Letra e

O erro da letra e consiste em se afirmar que o aumento de calor se dá até a morte da estrela. Veja o que se encontra no 4o parágrafo: “Seu raio chega a aumentar 50 vezes e o calor se dilui.” (/. 25/26). Deduzse, então, que o calor não aumenta continuamente até a morte do astro. Chega um momento em que ele, o calor, se dilui.


5) Letra e

Não há nenhuma informação no texto sobre Antares pertencer ou não à Via Láctea. O que se diz é que ela pertence à constelação de Escorpião. Com base no texto, como diz o enunciado, não se pode fazer a afirmação da letra e. Aqui, o conhecimento extratexto do leitor não vem ao caso. É necessário que o texto o diga. Mesmo que a opção fosse “pertence à Via Láctea”, que é a verdade, ela continuaria a ser falsa, porque essa informação não é dada pelo autor.


6) Letra b

A resposta se encontra no último parágrafo, em especial no trecho: “…criando um corpo celeste extremamente denso chamado pulsar, ou estrela de neutrons.”


7) Letra e

Como se vê no último parágrafo, o buraco negro tem maior densidade do que a estrela de neutrons, também chamada pulsar. As Pleiades são estrelas jovens, o Sol está na meia-idade, e Antares, na maturidade. São diferentes, mas são estrelas. As outras opções não oferecem maior dificuldade.


8) Letra b

As conjunções porque, mas, ou e à medida que introduziriam, na frase, valores de, respectivamente, causa, adversidade, alternância e proporção, alterando totalmente o sentido dela. A idéia é de adição, seguimento, conclusão, valores expressos pela conjunção aditiva e.