Estudo Bíblico Sobre Pecado E Ira De Deus
Somos confrontados com crises diariamente: a crise do sistema de saúde, a crise no Oriente Médio, as crises financeiras e educacionais, desastres naturais e assim por diante. Mas quando pensamos em Deus no centro das coisas, nossas avaliações mudam. A morte está fora do nosso controle; o mercado global está longe de ser um objeto digno de nossa confiança; as hostilidades internacionais estão, em última análise, fundamentadas no pecado original; a paz definitiva está além do nosso alcance e nosso coração está cheio de ódio, violência e injustiça.
Estudo bíblico completo para Escola Bíblica
Focando no alívio do estresse temporal, da insegurança, dos problemas familiares e no “bem-estar” geral, a igreja, muitas vezes, perde a oportunidade de levantar os olhos das pessoas para o céu. Fique atento a isso, pois é este o assunto deste estudo bíblico.
Vamos inicialmente entender o contexto da passagem que é a base deste estudo.
Romanos 1.18-32 – Contexto da passagem
Depois de declarar a tese de sua epístola — um Deus justo é capaz de tomar os pecadores justos pela fé (1.16,17) — Paulo fala sobre a miséria do coração humano e sobre a ira divina que essa rebeldia faz surgir. Para Paulo, o conhecimento da condenação e tema era uma motivação para que alguém cresse. Ele queria que seus destinatários entendessem que Deus é santo e justo, e que todos os seres humanos são pecadores sob a ira de Deus. Esse modo de tratar o assunto faz sentido lógico e teológico. Não podemos apreciar a maravilha da graça e do amor divino até que entendamos a ira justa de Deus contra o pecado. Não podemos apreciar o perdão de Deus até que percebamos as consequências eternas do pecado.
Paulo diz que todos — gentios e judeus, ou seja, toda a humanidade – são culpados diante de um Deus santo. A natureza humana está corrompida. As razões humanas são impuras. No momento em que Paulo terminou a sua acusação divina, toda boca se fechou (3.19,20). Não temos desculpa. Somos incapazes de nos salvar. Essa “má” notícia é uma parte necessária da boa nova, chamada de evangelho. (Romanos – Estudos bíblicos de John MacArthur, Editora Cultura Cristã)
I. O evangelho liberal e o Deus da graça
Na década de 1950, um importante teólogo descreveu o chamado “evangelho” do liberalismo teológico da seguinte forma: “Um Deus sem ira levou homens sem pecado a um reino sem julgamento por meio das ministrações de um Cristo sem cruz.”1 Cada cláusula é uma denúncia. Em primeiro lugar, o Deus do liberalismo, mais parecido com um vovô bonachão do que com o Juiz de toda a terra, é incapaz de irar-se. O liberalismo, considerando que Deus existe para nós e para nossa felicidade, admite que esse “amigo celestial” pode ficar desapontado e triste quando nos machucamos, mas nunca vê o pecado como uma ofensa em primeiro lugar contra ele mesmo e sua justiça perfeita. Em segundo lugar, podemos cometer erros grandes de vez em quando, mas seria errado chamar-nos de pecadores e muito
Estudo bíblico baseado em revista da Editora Cristã.