Exercícios de adjetivo com gabarito

Já afirmei antes aqui que uma das formas de estudar eficientemente para provas e concursos é fazer provas antigas para conferir onde estão as deficiências na matéria e estes exercícios de adjetivo com gabarito ajudarão você a revisar a matéria estudada em sala de aula. Já publiquei aqui recentemente uma coletânea de exercícios de substantivo com gabarito e agora trago alguns exercícios de adjetivo. Ao final dos exercícios você pode conferir o gabarito. Há, além dos tradicionais exercícios de múltipla escolha, alguns dissertativos que podem ser usados por professores na elaboração de listas de exercícios para alunos do Ensino Médio.

Exercícios completos e com gabarito sobre adjetivo

1- Leia os textos abaixo e faça o que se pede:

“(…) No fundo o imponente castelo. No primeiro plano a íngreme ladeira que conduz ao castelo. Descendo a ladeira numa disparada louca o fogoso ginete.
Montado no ginete o apaixonado caçula do castelão inimigo de capacete prateado com plumas brancas. E atravessada no ginete a formosa donzela desmaiada entregando ao vento os cabelos cor de carambola.” (A. de Alcântara Machado, Carmela).

“(…) íamos, se não me engano, pela rua das Mangueiras, quando voltando-nos, vimos um carro elegante que levavam a trote largo dois fogosos cavalos. Uma encantadora menina, sentada ao lado de uma senhora idosa, se recostava preguiçosamente sobre o macio estofo e deixava pender pela cobertura derreada do carro a mão pequena que brincava com um leque de penas escarlates.” José de Alencar, Lucíola).

Nesses excertos, observa-se que a maioria dos substantivos são modificados por adjetivos ou expressões equivalentes.

Comparando os dois textos:

a)  aponte em cada um deles o efeito produzido por tal recurso linguístico
b) justifique sua resposta.

2-   “Os homens são os melhores fregueses” – os melhores encontra-se no grau:
a)  comparativo de superioridade.
b)  superlativo relativo de superioridade.
c)  superlativo absoluto sintético.
d)  superlativo absoluto analítico de superioridade.

3-   O desagradável da questão era vê-lo de mau humor depois da troca de turno. Na frase acima, as palavras destacadas comportam-se, respectivamente, como:
a)  substantivo, adjetivo, substantivo.
b)  adjetivo, advérbio, verbo.
c)  substantivo, adjetivo, verbo.
d)  substantivo, advérbio, substantivo.
e)  adjetivo, adjetivo, verbo.

4-  Em algumas gramáticas, o adjetivo vem definido como sendo “a palavra que modifica o substantivo”. Assinale a alternativa em que o adjetivo destacado contraria a definição.
a)  Li um livro lindo.
b)  Beber água é saudável.
c)  Cerveja gelada faz mal.
d)  Gente fina é outra coisa!
e)  Ele parece uma pessoa simpática.

5-   Indique a alternativa em que não é atribuída a ideia de superlativo ao adjetivo.
a)  É uma ideia agradabilíssima.
b)  Era um rapaz alto, alto, alto.
c)  Saí de lá hipersatisfeito.
d) Almocei tremendamente bem.
e)  É uma moça assustadoramente alta.

6-   Siga o modelo: modificação da paisagem – modificação paisagística
a)  água da chuva
b)  exageros da paixão
c)  atitudes de criança
d)  soro contra veneno de serpente

7-   Dê o superlativo absoluto sintético de:
a)  feliz
b)  livre

8-   Faça conforme o modelo: alma de fora – alma exterior
a)  imagem do espelho
b)  parede de vidro
c)  imposição da lei
d)  comprimento da linha

9-   Dê os adjetivos equivalentes às expressões em destaque.
a)  programa da tarde
b)  ciclo da vida
c)  representante dos alunos

10-   Passe para o plural.
a)  borboleta azul-clara
b)  borboleta cor-de-laranja

11-   Dadas as afirmações de que os adjetivos correspondentes aos substantivos:
1.    enxofre
2.    chumbo
3.     prata

São, respectivamente,

1. sulfúreo      2. plúmbeo      3. argênteo

Verificamos que está (estão) correta(s):
a)  apenas a afirmação 1 .
b)  apenas a afirmação 2.
c)  apenas a afirmação 3.
d)  apenas as afirmações 1 e 2.
e) todas as afirmações.

12-   Relacione a primeira coluna à segunda.
(1)  água                         (  ) pluvial
(2)  chuva                       (  ) ebúrneo
(3)  gato                         (  ) felino
(4)  marfim                     (  ) aquilino
(5)  prata                        (  ) argênteo
(6)  rio
(7)  não consta da lista

A sequência correta é:
a) 7, 7, 3, 1,;7.
b)  6, 3, 7, 1,4.
c)  2, 4, 3, 7, 5.
d)  2, 4, 7, 1, 7.

13-   Os superlativos absolutos sintéticos de comum, soberbo, fiel, miúdo são, respectivamente: a) comuníssimo, super, fielísimo, minúsculo.
b)comuníssimo, sobérrimo, fidelíssimo, minúsculo.
c)  comuníssimo, superbíssimo, fidelíssimo, minutíssimo.
d)  comunérrimo, sobérrimo, fidelíssimo, miudérrimo.
e)  comunérrimo, sobérrimo, fielíssimo, minutissimo.

14-   Os adjetivos Iígneo, gípseo, níveo, braquial significam, respectivamente:
a)  lenhoso, feito de gesso, alvo, relativo ao braço.
b)  lenhoso, feito de gesso, nivelado, relativo ao crânio.
c)  lenhoso, rotativo, abalizado, relativo ao crânio.
d)  associado, rotativo, nivelado, relativo ao braço.
e)  associado, feito de gesso, abalizado, relativo ao crânio.

15-  Aponte a alternativa incorreta quanto à correspondência entre a locução e o adjetivo.
a) glacial (de gelo); ósseo (de osso)
b) fraternal (de irmão); argênteo (de prata)
c) farináceo (de farinha); pétreo (de pedra)
d) viperino (de vespa); ocular (de olho)
e) ebúrneo (de marfim); insípida (sem sabor)

16-   O plural de terno azul-claro, terno verde-mar é, respectivamente:
a) ternos azuis-claros, ternos verdes-mares.
b) ternos azuis-claros, ternos verde-mares.
c) ternos azul-claro, ternos verde-mar.
d) ternos azul-claros, ternos verde-mar.
e) ternos azuis-claro, ternos verde-mar.

17-   Marque:
a)  se I e II forem verdadeiras
b)  se I e III forem verdadeiras
c)  se II e III forem verdadeiras
d)  se todas forem verdadeiras
e)  se todas forem falsas

“… eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor…”

I.  No primeiro caso, autor é substantivo; defunto é adjetivo.
II.  No segundo caso, defunto é substantivo; autor é adjetivo.
III.  Em ambos os casos, tem-se um substantivo composto.

18-  Assinale a alternativa em que o termo cego(s) é um adjetivo.
a)  “Os cegos, habitantes de um mundo esquemático, sabem aonde ir…”
b)  “O cego de Ipanema representava naquele momento todas as alegorias da noite escura da alma…”
c)  “Todos os cálculos do cego se desfaziam na turbulência do álcool.”
d)  “Naquele instante era só um pobre cego.”
e)  “… da Terra que é um globo cego girando no caos.”

19-   Observe as proposições abaixo:

01. Poucos autores escrevem poemas herói-cômicos.
02.  Os cabelos castanhos-escuros emolduravam-lhe o semblante juvenil.
04. Vestidos vermelhos e amarelo-laranja foram os mais vendidos na exposição.
08. As crianças surdo-mudas foram encaminhadas à clinica para tratamento.
16. Discutiu-se muito a respeito de ciências político-sociais na última assembleia dos professores.
32. As sociedades luso-brasileira adquiriram novos livros de autores portugueses.

Marque as frases corretas e some os valores que lhes são atribuídos.

20-   O adjetivo está mal flexionado em grau em:
a) livre: libérrimo
b) magro: macérrimo
c) doce: docílimo
d) triste: tristíssimo
e) fácil: facílimo

21-   Siga o exemplo:
Não chame a torre de alta, mas de altíssima. Não considero sua atitude nobre, mas (*).

22-   No trecho “… o homem não fala simplesmente uma língua, não a usa, como mero instrumento de comunicação…”, o termo sublinhado é um:
a)  substantivo e significa “simples”.
b)  advérbio e significa “genuíno”.
c)  adjetivo e significa “quase”.
d)  advérbio e significa ”estreme”.
e)  adjetivo e significa “puro”.

23-  Assinale a alternativa em que ambos os adjetivos não se flexionam em gênero.
a) elemento motor, tratamento médico-dentário
b) esforço vão, passeio matinal
c) juiz arrogante, sentimento fraterno
d) cientista hindu, homem célebre
e) costume andaluz, manual lúdico-instrutivo

24-   Das frases abaixo, apenas uma apresenta adjetivo no comparativo de superioridade, assinale-a.
a) A palmeira é a mais alta árvore deste lugar.
b) Guardei as melhores recordações daquele dia,
c) A Lua é maior que a Terra.
d) Ele é o maior aluno de sua turma.
e) O mais alegre dentre os colegas era Ricardo.

25-   Dê o grau normal dos superlativos:
a) macérrimo
b) tetérrimo
c) minutíssimo
d) personalíssimo
e) feracíssimo

26-   Relativamente à concordância dos adjetivos compostos indicativos de cor, uma, dentre as seguintes alternativas, está errada. Qual?
a)  saia amarelo-ouro
b)  papel amarelo-ouro
c)  caixa vermelho-sangue
d)  caixa vermelha-sangue
e)  caixas vermelho-sangue

Respostas dos exercícios sobre adjetivo e flexão do adjetivo

1. a) Por se tratar de textos narrativos, a adjetivação tem caráter descritivo e não argumentativo. E ambos os textos, nota-se uma caracterização enaltecedora, que desenha um quadro idealizado cujos elementos se aproximam da perfeição. No segundo texto, essa construção é o objetivo do escritor; no primeiro, o escritor faz referência a certo tipo de escrito em que os elementos apresentados são sempre os mesmos – sempre idealizados, sempre caracterizado pelos mesmos adjetivos.

b) Deve-se notar o uso dos artigos definidos no primeiro texto que substantivam as expressões a que se referem – não é um castelo, é o “imponente castelo” das típicas histórias românticas. Esse tratamento permite perceber que o primeiro texto é metalinguístico.
2.    b
3.    a
4.    b
5.    d
6.    a) pluvial
b)passionais
c) infantis, pueris
d) antiofídico
7.    a) felicíssimo
b) libérrimo
8.    a) especular
b) vítrea
c) legal
d) linear
9.    a) vespertino
b) vital
c) discente
10.    a) borboletas azul-claras
b) Borboletas cor-de-laranja
11.    e
12.    c
13.    c
14.    a
15.    d
16.    d
17.    a
18.    e
19.    01+04+16=21
20.    c
21.    nobilíssima
22.    e
23.    d
24.    c
25.    a)    magro
b)    tetro (tétrico)
c)    miúdo
d)    pessoal
e)    feraz ( fértil, fecundo)
26.    d

LISTA DE EXERCÍCIOS BÔNUS SOBRE ADJETIVO

Depois desta primeira sequência de exercícios, montei uma segunda lista de exercícios para quem não ficou satisfeito. Lembre-se de que é muito importante o uso dos adjetivos na construção das impressões e da subjetividade nos textos.

1) (Unitau 1995) – “Certas instituições encontram sua autoridade na palavra divina. Acreditemos ou não nos dogmas, é preciso reconhecer que seus dirigentes são obedecidos porque um Deus fala através de sua boca. Suas qualidades pessoais importam pouco. Quando prevaricam, eles são punidos no inferno, como aconteceu, na opinião de muita gente boa, com o Papa Bonifácio VIII, simoníaco reconhecido. Mas o carisma é da própria Igreja, não de seus ministros. A prova de que ela é divina, dizia um erudito, é que os homens ainda não a destruíram.
Outras associações humanas, como a universidade, retiram do saber o respeito pelos seus atos e palavras. Sem a ciência rigorosa e objetiva, ela pode atingir situações privilegiadas de mando, como ocorreu com a Sorbonne. Nesse caso, ela é mais temida do que estimada pelos cientistas, filósofos, pesquisadores. Jaques Le Goff mostra o quanto a universidade se degradou quando se tornou uma polícia do intelecto a serviço do Estado e da Igreja.
As instituições políticas não possuem nem Deus nem a ciência como fonte de autoridade. Sua justificativa é impedir que os homens se destruam mutuamente e vivam em segurança anímica e corporal. Se um Estado não garante esses itens, ele não pode aspirar à legítima obediência civil ou armada. Sem a confiança pública, desmorona a soberania justa. Só resta a força bruta ou a propaganda mentirosa para amparar uma potência política falida.
O Estado deve ser visto com respeito pelos cidadãos. Há um espécie de aura a ser mantida, através do essencial decoro. Em todas as suas falas e atos, os poderosos precisam apresentar-se ao povo como pessoas confiáveis e sérias. No Executivo, no Parlamento e, sobretudo, no Judiciário, esta é a raiz do poder legítimo.
Com a fé pública, os dirigentes podem governar em sentido estrito, administrando as atividades sociais, econômicas, religiosas, etc. Sem ela, os governantes são reféns das oligarquias instaladas no próprio âmbito do Estado. Essas últimas, sugando para si o excedente econômico, enfraquecem o Estado, tornando-o uma instituição inane.”

(Roberto Romano, excerto do texto “Salários de Senadores e legitimidade do Estado”, publicado na Folha de São Paulo, 17/10/1994, 1Ž caderno, página 3)

Em:

I – CERTAS instituições encontram sua autoridade na palavra divina.
II – Instituições CERTAS encontram caminho no mercado financeiro.

As palavras, em destaque, são, no plano morfológico e semântico (significado)

a) adjetivo em I e substantivo em II, com significado de “algumas” em I e “corretas” em II.
b) substantivo em I e adjetivo em II, com significado de “muitas” em I e “íntegras” em II.
c) advérbio em I e II, com significado de “algumas” em I e “algumas” em II.
d) adjetivos em I e II, com significado de “algumas” em I e “íntegras” em II.
e) advérbio em I e adjetivo em II, com significado de “poucas” em I e “poucas” em II.

2) (FAAP 1996) – SONETO DE SEPARAÇÃO

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Vinícius de Morais)

Na segunda estrofe há dois adjetivos:

a) calma e vento
b) olhos e chama
c) última e imóvel
d) paixão e pressentimento
e) momento e drama

3) (Uelondrina 1994) – Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.

Elas ficaram …… impressionadas com seus poderes …… .

a) meio – supra-sensoriais
b) meias – supras-sensoriais
c) meio – supras-sensoriais
d) meias – supra-sensorial
e) meio – supra-sensorial

4) (Pucmg 1997) – Assinale a alternativa em que a mudança de posição do termo destacado não implique a possibilidade de mudança de sentido do enunciado.

a) Belo Horizonte já foi uma LINDA cidade. / Belo Horizonte já foi uma cidade LINDA.
b) Filho MEU não irá para o exército. / MEU filho não irá para o exército.
c) Meu carro NOVO é maior. / Meu NOVO carro é maior.
d) Por ALGUM dinheiro ele seria capaz de vender a casa. / Por dinheiro ALGUM ele seria capaz de vender a casa.
e) Com uma SIMPLES dose do medicamento ficou curada. / Com uma dose SIMPLES do medicamento ficou curada.

5) (Cesgranrio 1992) – O NOVO PLANETA DOS HOMENS

1 Uma recente pesquisa americana, concluída em 1985, busca apreender as reações e os sentimentos dos homens após vinte anos de emancipação feminina, para daí projetar a provável tendência futura da vida entre os sexos. O livro COMO OS HOMENS SE SENTEM, do jornalista Anthony Astrachan, aposta numa “revolução masculina irreversíveis, que teria se iniciado na década de 70, impulsionada por dez anos de avanço feminino. O autor faz uma minuciosa análise das conseqüências, para o homem, da entrada da mulher nos vários setores da sociedade: indústria, serviços, exército, mundo empresarial e profissões liberais. Ele conclui que a revolução feminina efetivamente gerou reformulações profundas nos papéis sociais e na identidade masculina, às custas de um alto preço efetivo e emocional.
2 Às reações negativas dos homens, desencadeadas pelas transformações no equilíbrio de poder entre os sexos, Astrachan oferece uma curiosa explicação: “É possível que os homens tenham reivindicado a liderança há muito tempo, e a tenham mantido através dos tempos para compensar a sua incapacidade de gerar filhos.” Mas, observa o autor, ao mesmo tempo que o homem luta para não abandonar a fantasia do poder, continuando a lidar com a mulher emancipada a partir de antigos e conhecidos padrões, ao colocá-la no lugar de mãe, amante, esposa ou irmã e negar-lhe a competência profissional, tem aumentado o número de homens que incorporaram outras atitudes. O fenômeno apontaria para um homem realmente novo, capaz de usufruir e contribuir para uma síntese positiva entre os sexos.
3 Não tão otimista, a escritora e filósofa Elisabeth Badinter 90 não vê ainda configurado um “novo homem”. Para o homem, abordar o terreno feminino é “desvirilizante”, ao passo que a mulher se valorizou ao adentrar o mundo masculino. Sem dúvida, segundo ela, a evolução maior depende da recolocação dos homens, mas esse projeto “é ainda um fenômeno muito marginal e se dá apenas numa minoria sofisticada”.
4 Para a realidade brasileira, essas questões assumem diferentes contornos, matizadas por uma crise que, no limite, torna perigosas as prospecções. Poucos são os que se arriscam: “O homem está sendo obrigado a se adaptar à crise permanente com uma revolução permanente”, diz o escritor Sérgio Sant’Anna. Ele vê, ainda, mudanças na família e nas relações do homem com a paternidade, mas sente que, no momento, “as pessoas estão muito inseguras, desprotegidas e tendem a voltar a padrões conservadores”. Mas adverte: “Essa não é uma transformação que se dê ao nível ideológico e intelectual; os que a fizeram se deram mal. Ela supõe crises emocionais profundas.”
5 A feminista Rose Marie Muraro, embora admita um retrocesso violento aos comportamentos machistas e convencionais na década de 80, prevê a vitória inconteste dos comportamentos libertários. Quanto à luta feminista, ela reconhece que os homens tiveram pouco tempo para incorporar as transformações da década de 70. Acreditando que a definição virá na próxima década, Rose finaliza: “Hoje a mulher não é mais a imagem do desejo alheio, (…) mas é sujeito de seu próprio desejo.” Mas tudo isso não esconde uma mágoa: “(…) Tive um câncer e uma úlcera ao viver o mundo masculino, sendo mulher no setor público. Tive de me masculinizar, pois lá quem não mata, morre.”
6 Sem rancores, mas não menos inquieta, a psicanalista Suely Rolnik assume toda sua crença na potência criativa do desejo humano: “O que eu vejo hoje é uma aliança entre homem e mulher. É uma história nascente de cumplicidade entre o homem e a mulher.”
(Yudith Rosenbaum, Revista LEIA, nŽ 128, 1989, p. 36-38, com adaptações.)

Em qual das opções há uma análise ERRADA quanto à variação nominal de gênero ou de número?

a) homem – mulher: Substantivos que indicam oposição semântica de sexo através de vocábulos distintos.
b) jornalista – amante: Substantivos com uma só forma para os dois gêneros.
c) o rapaz ALEMÃO – a moça ALEMÃ: Adjetivos cujo plural apresenta grafia e pronúncia iguais.
d) muito frio – friíssimo: Formas do superlativo absoluto: o analítico e o sintético.
e) vice-diretor – beija-flor: Compostos cuja flexão de plural só ocorre no segundo elemento.

GABARITO DOS EXERCÍCIOS

1-D, 2-C, 3-A, 4-A, 5-C