Não devemos julgar ninguém

Leitura Bíblica: Mateus 7.1-5
O amor não pratica o mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento da Lei.

Conta-se a história de um casal que da janela de sua cozinha podia enxergar tudo o que acontecia no quintal do vizinho.

Toda vez que na casa ao lado peças de roupas eram lavadas e estendidas no varal, a mulher dizia a seu esposo:

“Como esta vizinha é relaxada, nem sabe lavar roupas! Olhe os lençóis e as toalhas: estão encardidos!” Isto se repetia constantemente.

Um dia, já cansado dos comentários da esposa, o marido olhou mais detalhadamente e resolveu limpar a vidraça da janela.

Esperou a reação da esposa sem contar nada a ela. A mulher abriu um largo sorriso e disse:


“Finalmente a vizinha aprendeu a lavar a roupa, olha como estão branquinhas!”

É fácil rir de uma situação como esta, mas não é isto mesmo que fazemos com nosso próximo?

Olhamos para ele por meio de nossas “vidraças sujas” e julgamos que o outro é que precisa aprender a lavar-se.

É sempre ele que deve se arrepender, buscar a santificação, mudar, ser mais correto e honesto, etc.

Jesus nos dá uma ordem clara: “Não julguem”. Só que, na nossa própria maneira de traduzir isso, o que na realidade muitas vezes pensamos é:

“Não vamos julgar o próximo, a não ser que ele esteja errado”.

A natureza humana (que tende mais para o mal do que para o bem) parece favorecer isso e nunca examina o próprio coração.

Este é enganoso (Jr 17.9) e sempre nos diz que estamos acima de qualquer suspeita.

Mas quando olhamos para o nosso interior e vemos toda a sujeira deixada por tudo aquilo que desagrada a Deus, percebemos o quanto necessitamos da água purificadora do perdão divino e do supremo amor que nos limpa perfeitamente.

Somente assim veremos o próximo com clareza e, ao invés de julgá-lo, poderemos admirar suas qualidades e potencialidades.

Só podemos ver claramente se nosso coração estiver purificado pelo perdão de Deus.