Não devemos julgar ninguém
Conta-se a história de um casal que da janela de sua cozinha podia enxergar tudo o que acontecia no quintal do vizinho.
Toda vez que na casa ao lado peças de roupas eram lavadas e estendidas no varal, a mulher dizia a seu esposo:
“Como esta vizinha é relaxada, nem sabe lavar roupas! Olhe os lençóis e as toalhas: estão encardidos!” Isto se repetia constantemente.
Um dia, já cansado dos comentários da esposa, o marido olhou mais detalhadamente e resolveu limpar a vidraça da janela.
Esperou a reação da esposa sem contar nada a ela. A mulher abriu um largo sorriso e disse:
“Finalmente a vizinha aprendeu a lavar a roupa, olha como estão branquinhas!”
É fácil rir de uma situação como esta, mas não é isto mesmo que fazemos com nosso próximo?
Olhamos para ele por meio de nossas “vidraças sujas” e julgamos que o outro é que precisa aprender a lavar-se.
É sempre ele que deve se arrepender, buscar a santificação, mudar, ser mais correto e honesto, etc.
Jesus nos dá uma ordem clara: “Não julguem”. Só que, na nossa própria maneira de traduzir isso, o que na realidade muitas vezes pensamos é:
“Não vamos julgar o próximo, a não ser que ele esteja errado”.
A natureza humana (que tende mais para o mal do que para o bem) parece favorecer isso e nunca examina o próprio coração.
Este é enganoso (Jr 17.9) e sempre nos diz que estamos acima de qualquer suspeita.
Mas quando olhamos para o nosso interior e vemos toda a sujeira deixada por tudo aquilo que desagrada a Deus, percebemos o quanto necessitamos da água purificadora do perdão divino e do supremo amor que nos limpa perfeitamente.
Somente assim veremos o próximo com clareza e, ao invés de julgá-lo, poderemos admirar suas qualidades e potencialidades.
Só podemos ver claramente se nosso coração estiver purificado pelo perdão de Deus.