O que o Bíblia fala sobre dinheiro

Quem nunca teve problemas financeiros? Quem nunca passou “aperto” por falta de dinheiro?

Quem nunca se preocupou em ganhar dinheiro, pagar dívidas, comprar alguma coisa a mais?

Se você puder responder: “Eu”, parabéns?

Esses são problemas antigos, pois o ser humano insiste, muitas vezes, em dirigir a sua vida baseando-se em falsos valores e não nos valores de Deus.

Há muito tempo a área financeira tem provocado inúmeros problemas:

1. Distanciamento no relacionamento conjugal;
2. Insegurança familiar;
3. Irritação, tensão, saúde afetada;
4. Mau testemunho diante da sociedade, etc.

Isto se agrava mais em nossos dias, marcados pelo consumismo, pelo materialismo, pelo viver na moda, pela procura de status, ou seja: uma vida apoiada sobre falsos valores.

Que os princípios expostos neste artigo nos orientem na manutenção ou recuperação de uma vida financeira equilibrada!

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O que a Bíblia fala sobre dinheiro e dívidas?

Vamos começar com a leitura do texto que norteia esta palavra. É o texto de Provérbios 16.16.

O versículo chave aqui é outro, porém. Veja:

“Os planos do diligente tendem à abundância, mas a pressa excessiva, à pobreza”

Certamente, o equilíbrio e a bênção na vida financeira começam pelo reconhecimento de quem Deus é.

Honramos alguém quando tratamos essa pessoa conforme as expectativas dela, fazendo o que ela deseja, como ela quer.

A forma como empregamos nosso dinheiro também demonstra a realidade de nosso amor por Deus.

Devemos honrar a Deus com aquilo que produzimos, com integridade – “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mc 12.17) e com alegria e gratidão.

Há um ditado popular que diz: “O trabalho enobrece o homem”. Certamente, isto exclui atividades ilícitas como tráfico de drogas, prostituição, etc. (Pv 12.12).

A maneira bíblica de termos o nosso sustento é trabalhando dignamente (2Ts 3.10-12).

Há duas atitudes em relação ao trabalho (Pv 6.6-11; 12.27).

1. Diligência (Pv 6.6-8)

Este texto nos fala ainda de inteligência, integridade e iniciativa. Estas são as atitudes que Deus valoriza e quer ver reproduzidas em nosso caráter.

Quais as vantagens nisso?

a. Crescimento na carreira profissional, com promoções a cargos melhores (Pv 12.24).

b. Uma pessoa aplicada no seu trabalho, que não vive de sonhos e desejos distantes, alcança satisfação dos seus anseios (Pv 13.4).

 

Encontramos algumas pessoas com tanta indisposição que nos fazem lembrar daquele personagem de desenho animado resmungando: “Ó dia, ó vida, ó azar…”.

Vivem dando desculpas absurdas (um leão no caminho), não se esforçam (o máximo que fazem é virar-se na cama), e não têm iniciativa (esperam que coloquem comida na sua boca).

As consequências:

a. Para si próprio: passa fome (19.15), sofre a vontade de ter sem nunca conseguir (Pv 13.4; 21.25), perde o que tem (Pv. 10.4; 20.13), está sujeito a trabalhos menos recompensados e que exigem maior esforço físico (Pv 12.24).

b. Para os outros: quem trabalha com o preguiçoso não o suporta, nem mesmo a sua família (Pv 10.5,26).

 

Dizem que o autor de Sherlock Holmes, certa ocasião, escreveu um bilhete para oito de seus amigos, e era só uma brincadeira.

O bilhete dizia: “Tudo foi descoberto. Fuja rapidamente”.

Em menos de vinte e quatro horas, seis deles haviam fugido do país.

Se você recebesse um bilhete como esse no seu trabalho, o que faria?

É possível encontrarmos pessoas dispostas a sacrificar coisas importantes como consciência limpa e o bom nome, colocando-se numa condição suspeita e de risco.

Isto acontece porque possuem uma perspectiva errada dos valores de Deus (Pv 11.1; 16.11).

Alguns fazem uma paráfrase e dizem: “Fé, fé, negócios à parte”. Esta dualidade não é admissível na vida cristã.

Alguém pode contraargumentar: “Você não conhece a realidade do nosso país… Não sabe quanto é cobrado de imposto… Nem como administrar um trabalhador… Não dá para agir como a Bíblia diz”.

Creia que o Deus a quem servimos é verdadeiro, poderoso, e que vale a pena viver dentro da Sua vontade (leia Pv 11.18).

 

É possível que você esteja entre aqueles que nos últimos dois anos continuam ganhando quase a mesma coisa, e se tudo subiu de preço você não pode ter o mesmo padrão de vida. É preciso adaptar-se aos novos tempos rapidamente. Disponha-se a “apertar o cinto”.

1. Confie na provisão de Deus para aquilo que é básico (Pv 10.3; Mt 6.25).

2. Contente-se com o que Deus lhe dá (Pv 30.7-9; Fp 4.11-12; 1Tm 6.7-8).

Caso você não observe isso, correrá o risco de transgredir o próximo princípio.

O mercado produz e tenta convencê- lo: “Você tem de comprar. Faça em 12 vezes sem juros.

Alguns recebem uma carta dizendo que são clientes preferenciais. E, pior, acreditam mesmo serem preferenciais.

É ordem do Senhor não devermos cousa alguma a ninguém, exceto o amor (Rm 13.8).

As dívidas desgastam nossas emoções, nosso tempo, nossa família, nossa vida espiritual (cf. 2Rs 4.1-7). Por isso: Evite financiamentos e empréstimos, especialmente para bens de consumo (Pv 18.9)

Hoje, se você financia um bem em 12 vezes, você paga em média 70% a mais do que ele vale.

Em outras palavras, está jogando dinheiro fora.

Os financiamentos para compra de imóvel e de bens duráveis devem ser analisados criteriosamente e submetidos a Deus, em oração.

O pastor batista, Vernie Russel Jr., de Norfolk (EUA), disse que o cristão não pode servir ao Master (Senhor) e ao Mastercard ao mesmo tempo.

Cuidado com os seus cartões de crédito (ou de dívida?).

Se você não consegue conviver bem com eles, é melhor não tê-los.

Além do que foi dito, temos o princípio do planejamento.

Se você não planejar o uso do seu dinheiro e gastar conforme seus impulsos, terá problemas.

Se estiver endividado, sair dessa situação começa com um bom planejamento.

Em seguida, coloque-se diante do Senhor com o propósito de não contrair mais dívidas e ore por isso.

Se necessário, procure ajuda do seu pastor ou de sua liderança na execução do seu planejamento.

Vamos em frente e pensar num outro princípio, o princípio do que é necessário.

Antes de comprar, faça algumas perguntas a si mesmo.

1. Eu realmente necessito do que estão me oferecendo?
2. O uso justifica a compra?
3. Tenho condições de pagar?
4. Como esse bem me ajuda a cumprir os propósitos de Deus para a minha vida?
5. Se eu não comprar, o propósito Dele estará prejudicado? Não ame e nem valorize as coisas que lhe são oferecidas como necessárias para que você tenha apenas prazer e conforto.

O princípio da poupança e do investimento

1. Visando tempos difíceis (Pv 30.25)

2. Para ter o que dar não somente aos seus filhos, mas também aos seus Netos (Pv 13.22; 19.14). Todavia, não guarde mais do que deve.

3. Deus nos administrará a Sua graça com generosidade, à medida que formos generosos (Pv 19.17; 22.9; 28.27; Lc 6.38).

Isso não significa distribuir dinheiro indiscriminadamente, para qualquer um que pede, mas “Informa-se o justo da causa dos pobres” (Pv 29.7).

Para finalizar, David Livingstone afirmou:

“Não darei valor a qualquer coisa que possua, a não ser à luz do relacionamento com o reino de Deus. Utilizarei tudo o que possuir para promover a glória daquele a quem devo toda a minha esperança no tempo e na eternidade.”