História e atividades sobre a “Bela e a Fera”
Tenho falado nos últimos tempos bastante em classe a respeito da história que vem no post de hoje. Isso porque nos primeiros anos do Ensino Médio estou trabalhando com narrativas e sempre abordo a fábula, o apólogo como explicação para mostrar o que são gêneros textuais. O texto abaixo faz parte de uma série de atividades que postarei aqui e em outras redes sociais. Há, por exemplo, uma apresentação de Power Point que subirei para o SlideShare para vocês poderem assistir e baixar. E muito mais. Para o Pinterest enviarei algumas imagens bem legais sobre o assunto também. Fique ligado neste artigo que terá o link futuramente para todos os outros materiais. Veja agora a história completa da “Bela e a Fera”
A Bela e a Fera
Era uma vez um príncipe egoísta, que um dia não prestou ajuda a uma velhinha. Só que esta era uma bruxa e lhe rogou uma maldição:
– Julgas-me indefesa! Pela tua falta de piedade condeno-te a viver, a partir de hoje, como uma Fera. E assim serás chamado por todos.
A transformação foi imediata! O destino de Fera ficaria ligado ao de uma rosa encantada, que viveria até que ele chegasse aos 21 anos. Então, os dois morreriam. A menos que alguém o amasse!
– Mas que mulher gostará de mim assim?
Anos depois, numa aldeia próxima, já tinham esquecido o sucedido. Ali, residia Bela, uma linda moça, que gostava muito de ler e que era cortejada por diversos moços.
Uma noite, Raul, o pai de Bela, perdeu-se no bosque e, depois de muito caminhar, chegou ao castelo de Fera. Chamou, chamou e, como ninguém aparecia e a porta estava aberta, entrou, indo sentar-se junto da lareira para se aquecer.
– Invadiste a minha casa, velho! – gritou Fera.
– Sou um inventor… – suplicou Raul. Juro que não direi a ninguém que o vi… Deixe-me ir embora, por favor.
– Cala-te. – rugiu Fera. Serás meu prisioneiro!
Dias depois, Bela entrou no castelo, quando andava desesperada em busca do pai:
– Alguém me ouve?
Fera apareceu e, ao perceber a aflição da moça, levou-a à cela do pai.
– Velho, irás embora amanhã, mas se contares a alguém o meu segredo, não verás mais a tua filha!
Durante a noite, Fera lembrou-se que deveria conseguir o amor sincero de uma mulher… Mas como? Lembrou-se de Bela, que estava com o pai na cela.
Com pena de Bela, conduziu-a a um grande e confortável quarto. Deu-lhe de comer e portou-se com a máxima educação, oferecendo-lhe, até, um lindo vestido.
No dia seguinte, antes de ir embora com seu pai, Bela, ao entrar na biblioteca do castelo, ficou espantada:
– Nunca vi tantos livros. Já os leu todos?
– Sim – respondeu Fera.
– Creio que és mais humano do que aparentas, senhor! – disse-lhe Bela, com um lindo sorriso.
Fera libertou o pai de Bela, pedindo à moça que ficasse para mostrar-lhe o castelo. A linda e generosa moça concordou. O pai voltou à aldeia, enquanto Fera mostrava o castelo à moça. Ao entrarem na sala, onde se encontrava a rosa mágica, Bela reparou que a flor murchara:
– Está morrendo!
– E eu morro com ela! – disse, tristemente, Fera.
Entretanto, Bela voltou à aldeia, para salvar o pai que, por ser inventor, o povo julgava louco. Bela, no afã de apresentar argumentos, falou do castelo e do seu dono, salientando a bondade deste. Mas ninguém acreditou nela. E os camponeses armaram-se com forquilhas e enxadas para matar Fera.
Bela adiantou-se e, correndo o quanto podia, conseguiu chegar primeiro ao castelo. E avisou o príncipe do perigo que o espreitava. Mas, já muito farto da vida que levava, ele não quis lutar. Um dos camponeses feriu-o com um punhal e empurrou-o de uma varanda do castelo.
– Vou ajudar-te! – gritou Bela. Não podes morrer!
Correu até o jardim e beijou com amor Fera, tentando reanimá-lo.
A partir desse amoroso beijo, o encanto foi quebrado, e Fera voltou a ser o príncipe que antes fora. Mas nunca mais egoísta e cruel.O castelo encheu-se de vida. E, logo depois, veio o casamento dos enamorados, que viveram felizes para sempre.
Atividades com a Bela e a Fera