Atividades de interpretação de texto para Ensino Médio

Neste artigo você encontrará uma coletânea de exercícios de interpretação de textos perfeitos para quem está no Ensino Médio ou cursinho pré-vestibular e deseja fazer o Enem.

Além de praticar a leitura, você poderá verificar seu desempenho em exercícios dos principais cursinhos e  material preparatório para Fuvest, ITA, Vunesp e até mesmo a Unifesp.

Nos dias atuais é cada vez mais necessário treinar a interpretação de textos para as provas. Os brasileiros, segundo reportagens que sempre aparecem na tv, não sabem interpretar textos básicos, o Brasil fica sempre nas piores posições em exames que avaliam, internacionalmente, o nível dos alunos.

Por isso mesmo, todo aluno deve fazer o mesmo que você fez para chegar aqui: estudar interpretação de textos e interessar-se pela resolução de bons exercícios com textos de qualidade.

Verifique como anda seu aprendizado do assunto e treine para não fazer feio na hora da prova.

Lista de atividades com gabarito

Abaixo você encontrará alguns dos meus exercícios selecionados para estudar interpretação de textos e mandar muito bem em provas como a do Enem. São atividades que têm ao longo dos anos, ajudado muitos professores de Português a prepararem suas turmas para provas de vestibular, concursos e Enem.

Use-as. Peço tão somente que você compartilhe este artigo como forma de valorizar o trabalho que tanto tem ajudado aqueles que aqui chegam. Caso queira ver o gabarito e copiar as atividades para usar, compartilhe este artigo.

Exercício de interpretação → “País do Futuro”

Aprender a fazer interpretação de textos é uma prática que devemos ter constantemente, pois não é apenas para quem vai prestar um concurso público ou mesmo um vestibular que a prática da leitura e interpretação de textos é válida. Todos nós passamos por situações diárias nas quais somos chamados a interpretar e reconhecer os sentidos, muitas vezes, ocultos, que os textos possuem. Por isso mesmo que, além de dar dicas de interpretação de textos, propomos também exercícios os quais vêm com gabarito.

PAÍS DO FUTURO

Rio de Janeiro – Lembra-se de quando o Brasil era o país do futuro?

Primeiro foi um gigante adormecido (“em berço esplêndido”), que um dia iria acordar e botar pra quebrar.
Depois tornou-se o país do futuro, um futuro  de riqueza, justiça social e bem-aventurança.
Eram tempos, aqueles, de postergar tudo o que não podia ser realizado no presente. A dureza do regime militar deixava poucas brechas para que se ousasse fazer alguma coisa que não fosse aquilo já previsto, planejado, ordenado pelos generais no poder.
Só restava então aguardar o futuro, que nunca chegava (mais uma vez vale lembrar: foram 21 anos de regime autoritário).
O pior é que, mesmo depois de redemocratizado o país, a coisa continuou e continua meio encalacrada, com muitos sonhos tendo de ser adiados a cada dia, a cada nova dificuldade. Com a globalização, temos  que encarar (e temer) até as crises que ocorrem do outro lado do mundo. Todavia há que se aguardar o futuro com otimismo, e alguma razão para isso existe.
Dados de uma pesquisa elaborada pela Secretaria de Planejamento do governo de São Paulo revelam que o Brasil chegará ao próximo século, que está logo ali na esquina, com o maior contingente de jovens de sua história.
Conforme os dados da pesquisa, somente na faixa dos 20 aos 24 anos serão quase 16 milhões de indivíduos no ano 2000.
Com esses dados, o usual seria prever o agravamento da situação do mercado de trabalho, já tão difícil para essa faixa de idade, e de problemas como a criminalidade em geral e o tráfico e o uso de drogas em particular.
Mas por que não inverter a mão e acreditar, ainda que forçando um pouco a barra, que essa massa de novas cabeças pensantes simboliza a chegada do tal futuro? Quem sabe sairá do acúmulo de energia renovada dessa geração a solução de problemas que apenas se perpetuaram no fracasso das anteriores?
Nada mal começar um milênio novinho em folha com o viço, a ousadia e o otimismo dos que têm 20 anos.

(Luiz Caversan – Folha de São Paulo, 28.11.98)

1) Encontra apoio no texto a afirmação contida na opção:
a) A existência de 16 milhões de jovens brasileiros no ano 2000 constituirá um problema insolúvel.
b) Com a população jovem brasileira na casa dos 16 milhões, só se pode esperar o pior.
c) Não se pode pensar de forma otimista em relação ao próximo século.
d) Pode-se pensar positivamente em relação ao nosso futuro, apesar de alguns problemas.
e) Pode-se pensar de forma positiva sobre nosso futuro a partir da previsão do agravamento do desemprego.

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2) A ideia de futuro vem representada no texto por uma sequência de conceitos. A opção que indica essa sequência é:
a) expectativa – gigantismo – idealização – otimismo
b) otimismo – expectativa – idealização – gigantismo
c) gigantismo – otimismo – idealização – expectativa
d) expectativa – idealização – otimismo – gigantismo
e) gigantismo – idealização – expectativa – otimismo

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3) A linguagem coloquial empregada no texto pode ser exemplificada pela expressão:
a) “em berço esplêndido”
b) botar pra quebrar
c) bem-aventurança
d) dados de uma pesquisa
e) somente na faixa

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4) Postergar significa:
a) polemizar
b) preterir
c) manifestar
d) difundir
e) incentivar

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5) Em “o maior contingente de jovens de sua história”, o substantivo “jovens”, embora masculino, refere-se tanto aos rapazes quanto às moças. É comum, porém, que na distinção de gêneros haja referência a conteúdos distintos. Nas alternativas abaixo, a dupla de substantivos cuja diferença de gêneros NÃO corresponde a uma diferença de significados é:
a) novos cabeças – novas cabeças
b) vários personagens – várias personagens
c) outro guia – outra guia
d) o faixa preta – a faixa preta
e) algum capital – alguma capital

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6) Em “…começar um milênio novinho em folha com o viço, a ousadia e o otimismo dos que têm 20 anos”, a parte sublinhada é substituível, sem mudança do significado, por:
a) a juventude, a audácia
b) a competência, a imaginação
c) a criatividade, a perseverança
d) a criatividade, a coragem
e) a imaginação, o destemor

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Exercício de interpretação  → “Xenofobia e Racismo”

O exercício de interpretação de textos abaixo exige de você, aluno e vestibulando, competências que serão cobradas no ENEM. Você deve, não só ser um leitor competente como também inferir, relacionar e concluir a partir das informações dadas. Pratique para que você veja se tem ou não dificuldade e se está no caminho certo.

XENOFOBIA E RACISMO (fragmento)

As recentes revelações das restrições impostas, há mais de meio século, à imigração de negros, judeus e asiáticos durante os governos de Dutra e Vargas chocaram os brasileiros amantes da democracia. Foram atos injustos, cometidos contra estes segmentos do povo brasileiro que tanto contribuíram para o engrandecimento de nossa nação.
Já no Brasil atual, a imigração de estrangeiros parece liberalizada e imune às manchas do passado, enquanto que no continente europeu marcha-se a passos largos na direção de conflitos raciais onde a marca principal é o ódio dos radicais de direita aos imigrantes.
Na Europa, a história se repete com o mesmo enredo centenário: imigrantes são bem-vindos para reforçar a mão-de-obra local em momentos de reconstrução nacional ou de forte expansão econômica; após anos de dedicação e engajamento à vida local, começam a ser alvo da violência e da segregação. (O Globo, 13/7/01)

1) A seleção vocabular do primeiro período do texto permite dizer que:
a) o adjetivo  recentes  traz como inferência que as  revelações  referidas no texto ocorreram nos dias imediatamente antes da elaboração do artigo.
b) a escolha do substantivo  revelações  se refere a um conjunto de informações que, para o bem do país, deveria permanecer oculto.
c) o substantivo  restrições  indica a presença de limitações oficiais na política migratória do país.
d) o adjetivo impostas se liga obrigatoriamente a um poder discricionário, como o presente nas ditaduras de Dutra e Vargas.
e) em razão das referências históricas imprecisas do texto, o segmento há mais de meio século se refere a uma quantidade de anos superior a 50 e inferior a 100.

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2) Se as restrições de imigração eram impostas a negros, judeus e asiáticos, podemos dizer que havia, nesse momento, uma discriminação de origem:
a) racial e religiosa
b) exclusivamente racial
c) econômica e racial
d) racial e geográfica
e) religiosa, econômica, racial, geográfica e cultural

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3) Em relação ao primeiro período do texto, o segundo:
a) explicita quais as revelações referidas.
b) indica, como informação nova, que os atos cometidos eram negativos.
c) esclarece qual a razão dos atos referidos terem chocado os brasileiros.
d) mostra a consequência dos fatos relatados anteriormente.
e) comprova as afirmativas iniciais do jornalista com dados históricos.

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4) Ao classificar os atos restritivos à imigração de injustos, o autor do texto mostra:
a) somente a opinião dos brasileiros amantes da democracia
b) a sua opinião e a de alguns brasileiros
c) a sua opinião e a dos leitores
d) somente a sua opinião
e) a sua opinião e a dos brasileiros em geral

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5) Ao escrever que os atos injustos foram cometidos “contra esses segmentos do povo brasileiro…”, o autor do texto mostra que:
a) a população brasileira da era Vargas sofria pela discriminação oficial.
b) negros, judeus e asiáticos são vistos como brasileiros pelo autor do texto.
c) o povo brasileiro é constituído de raças e credos distintos.
d) alguns segmentos de nosso povo foram autores de atos injustos.
e) o Brasil e seu povo já passaram por momentos históricos difíceis.

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6) O segundo parágrafo do texto é introduzido pelo segmento “Já no Brasil atual…”; tal segmento indica:
a) uma oposição de local e tempo
b) uma oposição de tempo
c) uma consequência do primeiro parágrafo
d) uma comparação de duas épocas
e) uma indicação das causas dos fatos relatados

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7) Ao escrever que a imigração de estrangeiros parece “imune às manchas do passado”, o autor do texto quer indicar que:
a) os estrangeiros já esqueceram as injustiças de que foram vítimas.
b) a imigração ainda traz marcas dos atos injustos do passado.
c) os imigrantes atuais desconhecem os fatos passados.
d) nada mais há que possa manchar o nosso passado histórico.
e) o processo migratório atual em nada lembra os erros do passado.

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8) De todas as ideias expressas abaixo, aquela que NÃO está contida direta ou indiretamente no texto é:
a) Os imigrantes são bem-vindos no Brasil de hoje.
b) A atual situação dos imigrantes na Europa faz prever conflitos futuros.
c) Os estrangeiros acabam sendo perseguidos, em alguns países, apesar de seus bons serviços.
d) A expansão econômica da Europa provocou a saída de emigrantes.
e) Os imigrantes são fator de colaboração para o progresso das nações.

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Exercício → “O parto e o tapete”

O PARTO E O TAPETE

RIO DE JANEIRO – Big nem era minha, era de um cunhado.

Naquele tempo eu ainda não gostava de cachorros, pagando por isso um preço que até hoje me maltrata. Mas, como ia dizendo, Big não era minha, mas estava para ter ninhada, e meu cunhado viajara.
De repente, Big procurou um canto e entrou naquilo  que os entendidos chamam de “trabalho de parto”. Alertado pela cozinheira, que entendia mais do assunto, telefonei para o veterinário que era amigo do cunhado. Não o encontrei.
Tive de apelar para uma emergência, expliquei a situação, 15 minutos depois veio um veterinário. Examinou Big, achou tudo bem, pediu um tapete.
Providenciei um, que estava desativado, tivera alguma nobreza, agora estava puído e desbotado. O veterinário deitou Big em cima, pediu uma cadeira e um café. Duas horas se passaram, Big teve nove filhotes e o veterinário me cobrou 90 mil cruzeiros, eram cruzeiros naquela época, e dez mil por filhote.
Valiam mais – tive de admitir.
No dia seguinte, com a volta do cunhado, chamou-se o veterinário oficial. Quis informações sobre o colega que me atendera.
Contei que ele se limitara a pedir um tapete e pusera Big em cima. Depois pedira um café e uma cadeira, cobrando-me 90 mil cruzeiros pelo trabalho.
O veterinário limitou-se a comentar: “Ótimo! Você teve sorte, chamou um bom profissional!”. Como? A ciência que cuida do parto dos animais se limita a colocar um tapete em baixo?
“Exatamente. Se tivesse me encontrado, eu faria o mesmo e cobraria mais caro, moro longe”.
Nem sei por que estou contando isso. Acho que tem alguma coisa a ver com a sucessão presidencial. Muitas especulações, um parto complicado, que requer veterinário e curiosos. Todos darão palpites, todos se esbofarão para colocar o tapete providencial que receberá o candidato ungido, que nascerá por circunstâncias que ninguém domina.
E todos cobrarão caro. (Carlos Heitor Cony, Folha de S. Paulo, 19-12-01)

1) A associação entre o episódio narrado e a sucessão presidencial apoia-se
a) no argumento de que dos dois nascerá algo de grande valia e importância.
b) na ideia de que, num e noutro caso, cumprem-se rituais que pouco interferem nos fatos, mas que têm alto preço.
c) no fato de que sempre se estendem tapetes aos líderes poderosos que estão por vir.
d) na suposição de que as emergências são iguais por mais diferentes que pareçam.
e) na constatação de que a sucessão requer o envolvimento de especialistas e muita precisão.

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2) Observe as frases I e II, extraídas do texto.
I. “Big nem era minha, era de um cunhado.”
II. “Big não era minha, mas estava para ter ninhada, e meu cunhado viajara.”
É correto dizer que o narrador
a) em I, sugere estar desobrigado em relação ao animal; em II, faz ressalva a essa desobrigação.
b) em I, afirma ser estranho ao animal; em II, reitera sua indiferença em relação a este.
c) em I, exprime desprezo pelo animal; em II, manifesta um mínimo de consideração pelo destino deste.
d) em I, nega ter vínculos com o animal; em II, critica o cunhado que se ausentou, deixando Big aos cuidados de outrem.
e) em I, mostra-se longe de ter responsabilidade pelo animal; em II, invoca a responsabilidade do legítimo proprietário.

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3) Ao afirmar “tive de admitir” (final do 3º parágrafo), o narrador dos fatos está indicando que
a) constatou a verdadeira importância do profissional que assistira Big, em seu trabalho de parto.
b) tomou consciência de que pagara mais do que valiam os filhotes de Big no mercado.
c) se curvou ao argumento empregado pelo veterinário para justificar o preço de seu serviço.
d) se estarreceu com o valor que um filhote pode atingir e com o preço que cobram os veterinários.
e) pagou pelos filhotes um preço justo, já que valiam mais do que dez mil cruzeiros.

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4) “Se tivesse me encontrado, eu faria o mesmo e cobraria mais caro, moro longe.” O significado do período acima está corretamente expresso em:
a) Mesmo que tivesse me encontrado, eu faria o mesmo cobrando mais caro, portanto moro longe.
b) Caso tivesse me encontrado, eu faria o mesmo, mas cobraria mais caro, pois moro longe.
c) Embora tivesse me encontrado, eu faria o mesmo, porém cobraria mais caro; moro longe, pois.
d) Desde que tivesse me encontrado, eu faria o mesmo, pois cobraria mais caro, contanto que moro longe.
e) Salvo se tivesse me encontrado, eu faria o mesmo, porque cobraria mais caro, mesmo morando longe.

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5) A palavra que expressa corretamente o significado de  ungido,  em…  “colocar o tapete presidencial que receberá o candidato ungido”…, é
a) sacrificado
b) usurpado
c) surgido
d) proposto
e) sagrado

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6) A frase que traz implícita a ideia de mudança de situação é:
a) Naquele tempo eu ainda não gostava de cachorros.
b) Nem sei por que estou contando isso.
c) Examinou Big, achou tudo bem, pediu um tapete.
d) Quis informações sobre o colega que me atendera.
e) Ótimo! Você teve sorte, chamou um bom profissional.

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Exercício de interpretação → “Entrevista”

ENTREVISTA

O ensaísta canadense Alberto Manguei, autor de Uma História da Leitura, explica por que a palavra escrita é a grande ferramenta para entender o
mundo.
Veja  –  Numa época em que predominam as imagens, por que a leitura ainda é importante?
Manguel – A atual cultura de imagens é superficialíssima, ao contrário do que acontecia na Idade Média e na Renascença, épocas que também eram marcadas por uma forte imagética. Pense, por exemplo, nas imagens veiculadas pela publicidade. Elas captam a nossa atenção por apenas poucos segundos, sem nos dar chance para pensar. Essa é a tendência geral em todos os meios visivos. Assim, a palavra escrita é, mais do que nunca, a nossa principal ferramenta para compreender o mundo. A grandeza do texto consiste em nos dar a possibilidade de refletir e interpretar. Prova disso é que as pessoas estão lendo cada vez mais, assim como mais livros estão sendo publicados a cada ano. Bill Gates, presidente da Microsoft, propõe uma sociedade sem papel. Mas, para desenvolver essa ideia, ele publicou um livro. Isso diz alguma coisa. (Veja, 7 de julho de 1999)

1)  …a palavra escrita é a grande ferramenta para entender o mundo; o item abaixo que representa o papel da palavra escrita no entendimento do mundo é o de:
a) instrumento
b) motivo
c) objetivo
d) modo
e) processo

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]1) Letra a: A palavra ferramenta leva à ideia de instrumento, na tarefa de se entender o mundo atual.[/otw_shortcode_content_toggle]

2) …a palavra escrita é a grande ferramenta para entender o mundo; o item abaixo em que o vocábulo grande apresenta o mesmo valor semântico que possui nesse segmento do texto é:
a) Por um grande tempo pensou-se que o livro iria ser substituído pelo computador.
b) Bill Gates tem grande interesse em mostrar a inutilidade da palavra escrita no mundo moderno.
c) O computador ainda tem uma grande estrada a percorrer até atingir a importância do livro.
d) O entrevistado Alberto Manguei é um dos grandes conhecedores do valor da língua escrita.
e) Os computadores mais modernos atingem grandes preços no mercado.

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]2) Letra d. A palavra grande, no trecho, tem valor superlativo, equivalendo a maior (popularmente, mais grande). Observe que a palavra está precedida do artigo definido a. Isso só ocorre na letra d, onde podemos entender que “o entrevistado Alberto Manguei é um dos maiores conhecedores do valor da língua escrita”.[/otw_shortcode_content_toggle]

3) O item abaixo em que o elemento destacado tem  seu valor semântico corretamente indicado é:
a) …a grande ferramenta PARA entender o mundo – meio
b) …explica POR QUE a palavra escrita… – finalidade
c) …por que a leitura AINDA é importante? – concessão
d) …épocas TAMBÉM marcadas por uma forte imagética. – acréscimo
e) …ASSIM COMO mais livros estão sendo publicados a cada ano. –  modo

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]3) Letra d. Os valores semânticos dos termos destacados são, respectivamente: finalidade, causa, tempo, acréscimo (gabarito), comparação.[/otw_shortcode_content_toggle]

4) Numa época em que predominam as imagens,…; a época a que se refere o repórter é:
a) indeterminada
b) a dos dias de hoje
c) a da Idade Média e da Renascença
d) a de um passado próximo
e) hipotética

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]4) Letra b. A comprovação de que a frase se refere aos dias atuais é a presença do verbo predominam, no presente do indicativo, bem como de outro verbo, na sequencia do período, também no presente do indicativo: é[/otw_shortcode_content_toggle]

5) Na pergunta do repórter há uma oposição implícita entre imagens e leitura porque:
a) os livros teóricos não possuem ilustrações.
b) imagens só estão presentes em livros infantis.
c) a leitura só é a possibilidade de criar imagens.
d) as imagens independem de leitura.
e) as letras não possuem sentido sem imagens.

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]5) Letra c. É uma questão extremamente complexa. Acredito que a banca do concurso tenha tido o seguinte raciocínio: as imagens já existem, enquanto a leitura cria imagens; como as imagens predominam, segundo o repórter, surge a oposição: já existirem e serem criadas, ou seja, por que criar imagens se elas já existem, inclusive predominando na comunicação atual?[/otw_shortcode_content_toggle]

6) Segmento do texto que NÃO mostra, direta ou indiretamente, uma visão negativa da cultura de imagens é:
a) a atual cultura de imagens é superficialíssima…
b) essa é a tendência geral em todos os meios visivos.
c) elas captam a nossa atenção por apenas poucos segundos…
d) …sem nos dar chance para pensar.
e)  Bill Gates, presidente da Microsoft, propõe uma sociedade sem papel.

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]6) Letra e. A letra a é evidente, por causa da palavra superficialíssima. Na letra b, o fato de a tendência ser geral e em todos os meios visivos representa, na visão do autor, uma coisa ruim, por não dar opções às pessoas. A letra c tem como ponto negativo o fato de as imagens prenderem a nossa atenção por um tempo muito reduzido, não nos deixando raciocinar em cima daquilo que é exposto. À opção d cabe a mesma observação do item anterior. Já na alternativa e nada há que possa ser entendido como negativo no que se refere à cultura de imagens.[/otw_shortcode_content_toggle]

7) Considerando que os vocábulos  imagética e visivos aparecem há pouco tempo nos dicionários da língua portuguesa, isto pode significar que:
a) são vocábulos erradamente criados pelo autor do texto.
b) tais vocábulos são traduções inadequadas de vocábulos estrangeiros.
c) representam realidades ainda ausentes de nosso cenário cultural.
d) se trata de neologismos já reconhecidos oficialmente.
e) os dicionários atuais não estão atualizados.

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]7) Letra d. Neologismos são termos criados para preencher lacunas na língua. Com o passar do tempo, são incorporados ao idioma, sendo registrados pelos dicionários. O enunciado diz que os vocábulos imagética e visivos aparecem há pouco nos dicionários. Deduz-se, então, que são neologismos (se não, estariam lá há muito tempo) já reconhecidos oficialmente (pelos dicionários).[/otw_shortcode_content_toggle]

8) Segundo o que se depreende da resposta do entrevistado, em termos de cultura de imagens, a época moderna, em relação à Idade Média e à Renascença:
a) é bem mais superficial no tratamento das imagens.
b) prefere imagens profanas, ao invés de religiosas.
c) apresenta semelhanças nas imagens publicitárias.
d) mostra idênticas preocupações formais.
e) possui tecnologia bem mais avançada.

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]8) Letra a. A resposta se encontra, nítida, no primeiro período da resposta dada pelo entrevistado.[/otw_shortcode_content_toggle]

9) Pense, por exemplo, nas imagens veiculadas…; o termo sublinhado é muitas vezes confundido com vinculadas, seu parônimo. O item abaixo em que se empregou erradamente um vocábulo por seu parônimo é:
a) O deputado dedicou seu mandado à defesa da língua escrita.
b) Os monges medievais viviam imersos em leituras.
c) Os livros medievais tinham as páginas cosidas umas às outras.
d) Os livros imorais eram queimados pela Inquisição.
e) Os valores dos livros passam despercebidos a muitos.

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]9) Letra a. Questão de semântica. Na frase da letra a, deveria ter sido usada a palavra mandato, poder político passado pelo povo por meio de uma eleição. Mandado é ordem judicial. Nas outras opções, temos, respectivamente: imersos: mergulhados (emersos: que vieram à tona); cosidas: costuradas (cozidas: cozinhadas); imorais: que atentam contra a moral (amorais: que não têm o senso da moral); despercebidos: sem ser percebidos (desapercebidos:desprevenidos).[/otw_shortcode_content_toggle]

10) Essa é a tendência geral em todos os meios visivos.; os meios visivos a que alude o entrevistado incluem certamente:
a) a pintura, a fotografia e o desenho
b) a televisão, o cinema e a fotografia
c) a pintura, a televisão e o cinema
d) o cinema, a fotografia e a pintura
e) o desenho, a pintura e a televisão

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]10) Letra b. O autor estava falando sobre meios publicitários. Assim, pintura e desenho, apenas artes, devem ser eliminados. Dessa maneira, a resposta fica sendo a letra b, pois os três elementos se prestam à publicidade, sendo chamados pelo autor de visivos.[/otw_shortcode_content_toggle]

11) A frase final do entrevistado – Isso diz alguma coisa – refere-se à:
a) pouca importância do livro diante da importância do computador no mundo moderno
b) contradição entre o pensamento e a ação de Bill Gates
c) valorização da leitura através dos tempos
d) desvalorização das imagens no mundo da Microsoft
e) necessidade de novas pesquisas sobre o valor da leitura

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]11) Letra b. Se Bill Gates propõe uma sociedade sem papel, não poderia usar um livro, que é papel, para dar essa mensagem. Ele se contradisse, pois deveria ter usado o computador.[/otw_shortcode_content_toggle]

12) Ideia que NÃO está contida no texto lido é:
a) A cultura de imagens na atualidade é menos profunda que em épocas anteriores.
b) As imagens publicitárias não levam à reflexão pois duram pouco em nossas mentes.
c) A compreensão integral do mundo só ocorre por meio da língua escrita.
d) Apesar da atual cultura de imagens, a leitura vê crescido o seu número de adeptos.
e) Uma sociedade sem papel, como propõe Bill Gates, é impossível.

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]

12) Letra c. A opção a se encontra justificada nas linhas 6 e 7. O conteúdo da alternativa b pode ser conferido nas linhas 9 e 10. Confira o que diz a letra d, nas linhas 14 e 15. Quanto à letra e, pode-se dizer que o texto, em sua interpretação global, leva a tal conclusão. A própria contradição de Bill Gates justifica a impossibilidade de uma sociedade sem papel. Já a opção c não tem qualquer apoio no texto, o qual afirma que “a palavra escrita é, mais do que nunca, a nossa principal ferramenta para compreender o mundo”. Principal, não única.

* Neste caso, a mudança na formatação alterou a linha do texto onde está a resposta.[/otw_shortcode_content_toggle]

 

Exercício  “Reputação ilibada”

REPUTAÇÃO ILIBADA

Há, no Brasil, cargos para os quais a lei exige reputação ilibada, ou seja, fama ou renome sem mancha. Servem de exemplo ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Para outros, o que é verdadeiro paradoxo criado pelo constituinte de 1988, reputação ilibada não basta, pois para o ministro  do Tribunal de Contas da União a Constituição também impõe a idoneidade moral. Não é fácil explicar para que serve a dupla imposição, quando dispensada nas duas mais importantes cortes judiciárias do país. Sugeriria a insuficiência da reputação sem mácula, o que levaria ao absurdo.
As distinções oferecem outras curiosidades. Os ministros do STF e do STJ devem ter notável saber jurídico, mas basta, para os do Tribunal de Contas da União, o notório conhecimento jurídico, entre outras qualidades.
A distinção é inócua, embora os juristas digam que  a lei não contém vocábulos inúteis. Saber e conhecimento, tanto quanto notável e notório, são palavras ocas. Dependem dos valores subjetivos de quem as aplique.
Para presidente da República, para deputado e senador, nada disso é exigido. Eleitos pelo voto popular, submetem-se a variáveis limites de idade. Não carecem de saber ou conhecimento. Basta que não sejam analfabetos. O presidente da República deve cumprir a lei e manter a probidade administrativa, mas nem sequer pode ser  processado por crimes comuns, como aconteceria com o adultério não perdoado pela mulher.
Nos Estados Unidos, sob desculpa de exigirem reputação ilibada de seu presidente, os discursos moralistas esquecem a história.
Clinton errou e errou feio, mas não está só. Houve  líderes de porte, mas maridos nem sempre fidelíssimos, como Roosevelt e John Kennedy, este com a vantagem do inegável bom gosto. (…)
A palavra decoro tem uma certa vantagem para definir o que se espera dos líderes políticos. É lamentável que, muitas vezes, decoro seja confundido com a ação que, embora irregular, termina sem ser descoberta. No processo por ofensa ao decoro, o senso de justiça se afoga na valoração política e no escândalo da mídia, interferindo contra ou a favor do acusado. (Walter Ceneviva, Folha de S. Paulo, 12/09/99)

1) O fragmento em que o autor explica o “verdadeiro paradoxo criado pelo constituinte de 1988” é:
a) “…quando dispensada nas duas mais importantes cortes judiciárias do país”
b) “…a lei exige reputação ilibada, ou seja, fama ou renome sem mancha”
c) “Servem de exemplo ministros do STF (Supremo Tribunal Federal e do STJ (Superior Tribunal de Justiça)”
d) “as distinções oferecem outras curiosidades”
e) “a distinção é inócua…”

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]1) Letra b
O texto nos diz que a lei exige que os ministros do STF e do STJ tenham reputação ilibada. É um paradoxo, porque para o ministro do TCU, corte hierarquicamente abaixo das outras duas citadas, há uma dupla imposição: reputação ilibada e idoneidade moral.[/otw_shortcode_content_toggle]

2) “Dupla imposição”, no texto, refere-se:
a) a leis emanadas das duas mais importantes cortes judiciárias do país
b) à redundância entre fama e renome sem mancha
c) à exigência de reputação ilibada e idoneidade moral
d) às penas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça
e) às atribuições dos ministros do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal de Contas da União

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]2) Letra c
A resposta já foi dada na questão anterior: ao ministro do TCU são exigidas duas coisas: reputação ilibada e idoneidade moral, diferentemente dos ministros do STF e do STJ, dos quais só se exige reputação ilibada.[/otw_shortcode_content_toggle]

3) “Dependem dos valores subjetivos de quem as aplique” significa
a) modificam os valores de quem as enuncia.
b) têm seus sentidos fixados apenas nos dicionários.
c) tomam significado de acordo com padrões individuais.
d) referem-se àqueles que a utilizam.
e) caracterizam-se pela univocidade.

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]3) Letra c
Algo tem caráter subjetivo quando depende de opinião, ou seja, obedece a padrões individuais, e não coletivos. Por isso a resposta é a letra c. A letra e fala em univocidade, que significa homogeneidade, inequivocidade. Uma coisa é unívoca quando não dá margem a interpretações diversas, a ambigüidades. Valores subjetivos não são valores unívocos, pois podem ser múltiplos, embora digam respeito ao indivíduo. Alguém pode ter sobre uma mesma coisa idéias variadas.[/otw_shortcode_content_toggle]

4) Leia o fragmento abaixo. “É  lamentável que, muitas vezes, decoro seja confundido com a ação que, embora seja irregular, termina sem ser descoberta.” A intenção do autor é
a) ignorar a dicotomia pensamento/ação.
b) legitimar o duplo sentido da palavra decoro.
c) confundir decoro com punibilidade.
d) denunciar a hipocrisia na preservação do decoro.
e) dissociar o senso de justiça da valoração política.

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]4) Letra d
Decoro é decência, dignidade, recato no comportamento. O chamado decoro parlamentar é a postura digna requerida para o exercício do cargo. Ora, se a conduta é irregular, houve falta de decoro, mesmo que isso não seja descoberto. Assim, é hipócrita quem se diz possuidor de decoro, quando o que ocorre é que suas ações indevidas não foram descobertas. O autor está denunciando essa hipocrisia. [/otw_shortcode_content_toggle]

5) Os elementos que estabelecem a coesão entre o 1º e o 2º parágrafos e entre o 2º e o 3º são, respectivamente,
a) “embora” e “como”
b) “também” e “mas nem sequer”
c) “mas” e “probidade administrativa”
d) “entre outras qualidades” e “de quem”
e) “outras curiosidades” e “nada disso”

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]5) Letra d
Estabelecer a coesão entre parágrafos é uni-los através de determinados elementos, os chamados conectores. A expressão “outras curiosidades” faz menção a elementos do parágrafo anterior, preparando o leitor para novas informações, acréscimos que serão feitos no atual parágrafo. Da mesma forma, “nada disso” conduz o leitor a algo citado no 2o parágrafo (já vimos que o pronome isso se presta a tal tipo de ligação).[/otw_shortcode_content_toggle]

Exercício → O Impeachment…”

Os exercícios de interpretação abaixo trazem desta vez o gabarito para que vocês possam estudar e se prepararem melhor para o vestibular, enem e concursos públicos.

O “IMPEACHMENT” E A AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE PRESIDENCIAL

Tendo aludido ao lugar da obra de Rui Barbosa onde  se lê “mais vale, no governo, a instabilidade que a irresponsabilidade” – essa nota dominante do presidencialismo – um dos nossos bons  constitucionalistas retratou com suma clareza e singeleza a inoperância do  impeachment,instituto de origem anglo-saxônica, acolhido pelas Constituições presidencialistas, ao afirmar que “sendo um processo de ‘formas’ criminais (ainda que não seja um procedimento penal ‘estrito’), repressivo, a posteriori, seu manejo é difícil, lento, corruptor e condicionado à prática de atos previamente capitulados como crimes”.  Sobre o impeachment, esse “canhão de cem toneladas” (Lord Bryce), que dorme “no museu das antigüidades constitucionais” (Boutmy) é ainda decisivo o juízo de Rui Barbosa, quando assevera que “a responsabilidade criada sob a forma do  impeachment  se faz absolutamente fictícia, irrealizável, mentirosa”, resultando daí no presidencialismo um poder “irresponsável e, por conseqüência, ilimitado, imoral, absoluto”. Essa afirmativa se completa noutra passagem em que Rui Barbosa, depois de lembrar o  impeachmet nas instituições americanas como “uma ameaça desprezada e praticamente inverificável”, escreve: “Na irresponsabilidade vai dar, naturalmente, o presidencialismo. O presidencialismo, se não em teoria, com certeza praticamente, vem a ser, de ordinário, um sistema de governo irresponsável”. Onde o presidencialismo se mostra pois irremediavelmente vulnerável e comprometido é na parte relativa à responsabilidade presidencial. O presidencialismo conhece tão-somente a responsabilidade de ordem jurídica, que apenas permite a remoção do governante, incurso nos delitos previstos pela Constituição. Defronta-se o sistema porém com um processo lento e complicado (o  impeachment,  conforme vimos), que fora da doutrina quase nenhuma aplicação teve. Muito distinto aliás da responsabilidade política a que é chamado o Executivo na forma parlamentar, responsabilidade mediante a qual se deita facilmente por terra todo o ministério decaído da confiança do Parlamento.  (BONAVIDES, Paulo. Ciência política, p. 384)

1) Dentre as mazelas do presidencialismo que integram a crítica de Rui Barbosa, a que o texto mais destaca é:
a) a irresponsabilidade
b) a instabilidade
c) o absolutismo
d) a imoralidade

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]1) Letra a !
A resposta se encontra, bem nítida, no início do texto: “mais vale, no governo, a instabilidade que a irresponsabilidade”. Ou seja, a irresponsabilidade vale ainda menos que a instabilidade. São palavras de Rui Barbosa, citadas pelo autor, que logo em seguida diz: “- essa nota dominante do presidencialismo”. Adiante, confirmando a tese, diz Rui Barbosa: “Na irresponsabilidade vai dar, naturalmente, o presidencialismo.”[/otw_shortcode_content_toggle]

2) Dentre as citações do texto, a que mais se distancia dos recentes acontecimentos políticos ocorridos no Brasil é:
a) “(…) um dos nossos bons constitucionalistas retratou com suma clareza e singeleza a inoperância do impeachment.”
b) “sobre o  impeachment,  esse “canhão de cem toneladas” (Lord Bryce), que dorme “no museu das antigüidades constitucionais” (Boutmy) é ainda decisivo o juízo de Rui Barbosa (…)”
c) “defronta-se o sistema porém com um processo lento e complicado (…) que fora da doutrina quase nenhuma aplicação teve.”
d) “(…) responsabilidade mediante a qual se deita facilmente por terra todo o ministério decaído da confiança do Parlamento.

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]2) Letra c
A questão exige do candidato conhecimentos da história recente do Brasil. Ela não dá ao candidato, em meu ver, condições reais de solução. Tudo indica que a banca faz, com a opção d, alusão ao parlamentarismo criado no Brasil logo após a posse de João Goulart, que lutaria, com sucesso, pelo retorno do presidencialismo. Mas, ficaremos com a letra c, que fala em um processo lento e complicado (impeachment) que quase não teve aplicação. Tal afirmação ignora o impeachment do presidente Collor, o qual já havia ocorrido na época em que o texto foi escrito.[/otw_shortcode_content_toggle]

3) Das referências ao  impeachment  feitas abaixo, a única que não  se encontra no texto é:
a) trata-se de um instituto criado por constitucionalistas brasileiros.
b) pode ser incluído entre as falhas do sistema presidencialista.
c) carece, enquanto processo, de presteza e simplificação.
d) constitui um instrumento constitucional ultrapassado.

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]3) Letra a
O que se afirma na opção b pode ser conferido no trecho, com palavras de Rui Barbosa: “a responsabilidade criada sob a forma do impeachment se faz absolutamente fictícia, irrealizável, mentirosa…”. O que se afirma na opção c se encontra na passagem: “Defronta-se o sistema porém com um processo lento e complicado (o impeachment, conforme vimos)…” Já a afirmação da letra d tem apoio na passagem: “…depois de lembrar o impeachment nas instituições americanas como uma ameaça desprezada e praticamente inverificável…” Também nesta outra: “Sobre o impeachment…, que dorme ’no museu das antigüidades constitucionais’ é ainda decisivo…” A afirmação da letra a não tem apoio no texto.[/otw_shortcode_content_toggle]

4) A referência explícita ao parlamentarismo, no texto, ocorre:
a) somente no primeiro parágrafo
b) nos dois primeiros parágrafos
c) somente no último parágrafo
d) nos dois últimos parágrafos

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]4) Letra c
O enunciado diz “referência explícita”. Assim, no último parágrafo, único onde isso ocorre, temos “…a que é chamado o Executivo na forma parlamentar…”[/otw_shortcode_content_toggle]

5) ”(…) atos previamente capitulados  como crime”; o adjetivo sublinhado corresponde a:
a) acatados
b) condenados
c) lastreados
d) enumerados

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]5) Letra d
Questão de sinonímia. Capitular é o mesmo que enumerar, ou pelo menos pode ser. Na passagem destacada, realmente capitulados é sinônimo de enumerados.[/otw_shortcode_content_toggle]

6) O primeiro parágrafo do texto revela que a alusão à máxima “mais vale, no governo, a instabilidade que a irresponsabilidade” se deve a:
a) uma crítica de Rui Barbosa
b) um estudioso das Constituições
c) autores de origem anglo-saxônica
d) alguns críticos do presidencialismo

[otw_shortcode_content_toggle title=”Gabarito da questão” opened=”closed” icon_type=”general foundicon-right-arrow”]6) Letra b
A resposta se encontra no trecho: “Tendo aludido…um dos nossos bons constitucionalistas retratou com suma clareza…”. Ou seja, um dos nossos bons constitucionalistas é que fez a alusão.[/otw_shortcode_content_toggle]

Exercício → “O homem e a galinha”

Já falei abertamente aqui que gosto de exercícios de interpretação de textos. Digo isso porque eles exigem do falante, usuário da língua, um escopo enorme de informações e habilidades que redundam em um leitor competente. Por isso, peço que você confira mais este exercício de interpretação de textos. No final dele há um gabarito para você conferir se entendeu bem. Prepare-se para os vestibulares e provas finais de bimestre fazendo bons exercícios de Língua Portuguesa. Bons blogs não faltam se você pesquisar por aí.

O HOMEM E A GALINHA

Era uma vez um homem que tinha uma galinha. Era uma galinha como as outras.
Um dia a galinha botou um ovo de ouro. O homem ficou contente. Chamou a mulher:
– Olha o ovo que a galinha botou.
A mulher ficou contente:
– Vamos ficar ricos!
E a mulher começou a tratar bem da galinha. Todos os dias a mulher dava mingau para a galinha. Dava pão-de-ló, dava até sorvete. E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:
– Pra que esse luxo com a galinha? Nunca vi galinha comer pão-de-ló… Muito menos tomar sorvete!
– É, mas esta é diferente! Ela bota ovos de ouro!
O marido não quis conversa:
– Acaba com isso mulher. Galinha come é farelo.
Aí a mulher disse:
– E se ela não botar mais ovos de ouro?
– Bota sim – o marido respondeu.
A mulher todos os dias dava farelo à galinha. E a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:
– Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão! A galinha pode muito bem comer milho.
– E se ela não botar mais ovos de ouro?
– Bota sim – o marido respondeu.
Aí a mulher começou a dar milho pra galinha. E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:
– Pra que esse luxo de dar milho pra galinha? Ela que procure o de-comer no quintal!
– E se ela não botar mais ovos de ouro? – a mulher perguntou.
– Bota sim – o marido falou.
E a mulher soltou a galinha no quintal. Ela catava sozinha a comida dela. Todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Uma dia a galinha encontrou o portão aberto. Foi embora e não voltou mais.
Dizem, eu não sei, que ela agora está numa boa casa onde tratam dela a pão-de-ló. (Ruth Rocha)

1) O texto recebe o título de O  homem e a galinha.  Por que a história recebe esse título?
a) Porque eles são os personagens principais da história narrada.
b) Porque eles representam, respectivamente, o bem e o mal na história.
c) Porque são os narradores da história.
d) Porque ambos são personagens famosos de outras histórias.
e) Porque representam a oposição homem-animal.

2) Qual das afirmativas a seguir não é correta em relação ao homem da fábula?
a) É um personagem preocupado com o corte de gastos.
b) Mostra ingratidão em relação à galinha.
c) Demonstra não ouvir as opiniões dos outros.
d) Identifica-se como autoritário em relação à mulher
e) Revela sua maldade nos maus-tratos em relação à galinha.

3) Qual das características a seguir pode ser atribuída à galinha?
a) avareza
b) conformismo
c) ingratidão
d) revolta
e) hipocrisia

4) Era uma vez um homem que tinha uma  galinha. De que outro modo poderia ser dita a frase destacada?
a) Era uma vez uma galinha, que vivia com um homem.
b) Era uma vez um homem criador de galinhas.
c) Era uma vez um proprietário de uma galinha.
d) Era uma vez uma galinha que tinha uma propriedade.
e) Certa vez um homem criava uma galinha.

5) Era uma vez é uma expressão que indica tempo:
a) bem localizado
b) determinado
c) preciso
d) indefinido
e) bem antigo

6) A segunda frase do texto diz ao leitor que a galinha era uma galinha como as outras. Qual o significado dessa frase?
a) A frase tenta enganar o leitor, dizendo algo que não é verdadeiro.
b) A frase mostra que era normal que as galinhas botassem ovos de ouro.
c) A frase indica que ela ainda não havia colocado ovos de ouro.
d) A frase mostra que essa história é de conteúdo fantástico.
e) A frase demonstra que o narrador nada conhecia de galinha.

7) O que faz a galinha ser diferente das demais?
a) Botar ovos todos os dias independentemente do que cofnia.
b) Oferecer diariamente ovos a seu patrão avarento.
c) Pôr ovos de ouro antes da época própria.
d) Botar ovos de ouro a partir de um dia determinado.
e) Ser bondosa, apesar de sofrer injustiças.

8) O homem ficou contente. O conteúdo dessa frase indica um (a):
a) causa
b) modo
c) explicação
d) consequência
e) comparação

9) A presença de travessões no texto indica:
a) a admiração da mulher
b) a surpresa do homem
c) a fala dos personagens
d) a autoridade do homem
e) a fala do narrador da história

10) Que elementos demonstram que a galinha passou  a receber um bom tratamento, após botar o primeiro ovo de ouro?
a) pão-de-ló / mingau / sorvete
b) milho / farelo / sorvete
c) mingau / sorvete / milho
d) sorvete / farelo / pão-de-ló
e) farelo / mingau / sorvete

11) Dizem, eu não sei… Quem é o responsável por essas palavras?
a) o homem
b) a galinha
c) o narrador
d) a mulher
e) o ovo

Gabarito  “O homem e a galinha”

1-a, 2-e, 3-b, 4-c, 5-d, 6-c, 7-d, 8-d, 9-c, 10-a, 11-c

Exercício  “Que país é este”

“Que país é este” – Exercício de interpretação de textos

Vamos praticar mais um pouco de interpretação de textos. Com as mudanças na forma de estudar Língua Portuguesa, é cada vez mais necessário fazer este tipo de exercício, pois nele usamos tudo aquilo que aprendemos de Língua Portuguesa ao longo dos muitos anos de estudo sistemático. Ao final deste exercício, vocês verão o gabarito para que possam conferir se estão afiados para os vestibulares e concursos.

QUE PAÍS…

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Dissecando os gastos públicos no Brasil, um economista descobriu barbaridades no Orçamento da União deste ano. Por exemplo:
Considerada a despesa geral da Câmara, cada deputado federal custa ao país, diariamente, R$ 3.700. Ou R$ 1,3 milhão por ano.
Entre os senadores, a loucura é ainda maior, pois o custo individual diário pula para R$ 71.900. E o anual, acreditem, para R$ 26 milhões.
Comparados a outras ”rubricas”, os números beiram o delírio. É o caso do que a mesma União despende com a saúde de cada brasileiro – apenas R$ 0,36 por dia.
E, com a educação, humilhantes R$ 0,20. (Ricardo Boechat, JB, 6/11/01)

01. Considerando o sentido geral do texto, o adjetivo que substitui de forma INADEQUADA os pontos das reticências do título do texto é:
A) autoritário
B) injusto;
C) estranho;
D) desigual;
E) incoerente.

02. O gerúndio da primeira frase pode ter como forma verbal desenvolvida adequada ao texto:
A) embora dissecasse;
B) porque dissecou;
C) enquanto dissecava;
D) já que dissecou;
E) logo que dissecou.

03. O termo ”gastos públicos” se refere exclusivamente a:
A) despesas com a educação pública;
B) pagamentos governamentais;
C) salários da classe política;
D) gastos gerais do Governo;
E) investimentos no setor oficial.

04. A explicação mais plausível para o fato de o economista citado no texto não ter sido identificado é:
A) não ser essa uma informação pertinente;
B) o jornalista não citar suas fontes de informações sigilosas;
C) evitar que o economista sofra represálias;
D) desconhecer o jornalista o nome do informante;
E) não ser o economista uma pessoa de destaque social.

05. O item do texto em que o jornalista NÃO inclui termo que indique sua opinião sobre o conteúdo veiculado pelo texto é:
A) ”…um economista descobriu barbaridades no Orçamento da União…”;
B) ”Entre os senadores, a loucura é ainda maior…” ;
C) ”E com a educação, humilhantes R$ 0,20”;
D) ”…os números beiram o delírio.”;
E) ”…cada deputado federal custa ao país, diariamente, R$3.700.”.

06. O Orçamento da União é um documento que:
A) esconde a verdade da maioria da população;
B) só é consultado nos momentos críticos;
C) mostra a movimentação financeira do Governo;
D) autoriza os gastos governamentais;
E) traz somente informações sobre as casas do Congresso.

07. Os exemplos citados pelo jornalista:
A) atendem a seu interesse jornalístico;
B) indicam dados pouco precisos e irresponsáveis;
C) acobertam problemas do Governo;
D) mostram que os gastos com a classe política são desnecessários;
E) demonstram que o país não dispõe de recursos suficientes para as despesas.

08. ”Considerada a despesa geral da Câmara, cada deputado federal custa ao país, diariamente, R$3.700.”; o cálculo para se chegar ao custo diário de cada deputado federal foi feito do seguinte modo:
A) a despesa geral da Câmara foi dividida pelo número de deputados federais;
B) a despesa com os deputados federais foi dividida igualmente por todos eles;
C) os gastos gerais da Casa foram repartidos por todos os funcionários;
D) os gastos da Câmara com os deputados foram divididos pelo seu número total;
E) as despesas gerais da Câmara foram divididas entre os deputados federais.

09. Na oração ”Ou R$ 1,3 milhão por ano.”:
A) o termo milhão deveria ser substituído por milhões;
B) a conjunção ou tem valor de retificação do termo anterior;
C) o signo $ se refere ao dólar americano;
D) o termo milhão concorda com a quantidade da fração;
E) o numeral 1,3 é classificado como multiplicativo.

10. ”Comparados a outras ‘rubricas’, os números beiram o delírio.”; o comentário correto sobre o significado dos elementos desse segmento do texto é:
A) o termo rubricas, escrito entre aspas, tem valor irônico;
B) o delírio refere-se aos gastos ínfimos com saúde e educação;
C) as outras rubricas referidas no texto são a educação e a saúde;
D) comparados com a educação, os gastos citados são humilhantes;
E) os números referem-se à grande quantidade de deputados e senadores.

 

Gabarito  “Que país é este”

01-A | 02-C | 03-D | 04-A | 05-E | 06-C | 07-A | 08-A | 09-D | 10-C