Escravos do prazer
Leitura: Romanos 6.15-23
“…passaram a obedecer de coração a forma de ensino que lhes foi transmitida” (Rm 6.17).
Somos livres em Cristo. Afirmação conhecida e repetida por muitos cristãos. Sim, somos livres. Nada nos obriga a fazer coisa alguma. O amor de Cristo nos libertou e deu uma nova compreensão da vida. A grande pergunta é — “O que fazer com a liberdade cristã? Como entender esta liberdade?”
Paulo escreveu aos romanos respondendo esta pergunta. Haviam conhecido o Evangelho e livraram-se de todo peso espiritual. A mensagem da liberdade em Cristo deve ter agradado em cheio. Vivendo debaixo da força do governo romano, entendiam muito bem o que significava viver debaixo de opressão.
Porém, alguns irmãos entenderam a liberdade em Cristo como sinônimo de libertinagem.
Enquanto a liberdade é “decidir ou agir segundo sua própria determinação”, libertinagem significa “devassidão, desregramento, licenciosidade” (Aurélio). Não devemos confundir uma coisa com outra. O apóstolo Paulo argumenta que, no passado, éramos escravos do pecado. Não havia possibilidade de deixar de servi-lo. Porém, quando Cristo nos libertou, a mudança foi de senhorio. Já não servimos mais ao pecado, mas a Cristo. Ele é o nosso Senhor.
Nossa liberdade não é licença para pecar. Não temos prazer em pecar porque o pecado não é mais o nosso senhor. Devido a liberdade que Cristo nos deu, temos o prazer de seguir a Cristo fazendo Sua vontade, não por obrigação, mas de coração.
Por isto, Paulo se apresenta como “servo de Cristo” (Rm 1.1). A palavra “servo” literalmente, é “escravo”. Se somos cristãos, somos “escravos” de Cristo.
Não há cristão que não peque. Mas, quando isto acontecer, podemos confessá-lo a Deus e receber Seu perdão, pela graça de Cristo Jesus.
A liberdade em Cristo nos fez pessoas livres para servi-Lo.