8 maiores erros na redação do vestibular

Quais são os maiores erros que meus alunos cometem na hora de escrever um texto dissertativo no vestibular ou no Enem?

Esta foi a pergunta que um pai me fez na primeira reunião que tivemos neste ano.

Sua aflição tinha sentido já que o filho era muito estudioso, organizado, mas sempre tirava notas baixas nas redações que fazia.

Vocês sabem que sou professor de redação, tenho ajudado meus alunos a escrever a redação perfeita do Enem e já vi passarem por mim todo tipo de aluno.

Dos estudiosíssimos aos preguiçosos.


Já ajudei vários alunos a conquistar a tão sonhada vaga no vestibular, mas, mesmo assim, continuo vendo um número enorme de alunos ficando fora da faculdade por errarem coisas simples na redação. Por este motivo resolvi criar este artigo onde mostro quais os erros mais comuns que eu vi nas minhas aulas.

1. Usar chavões, expressões desgastadas pelo uso

Não há nada mais desgastante para um texto do que o costume de repetir infinitamente os chamados clichês ou o que chamamos de “senso comum”.

É preciso formar opiniões próprias com expressões também suas.

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2. Linguagem coloquial

Você já ouviu falar que a teoria na prática é outra, não ouviu?

Pois, então, acrescente a isso uma outra circunstância também já citada: falar é uma coisa e escrever é outra, completamente diferente.

Não se pode escrever da mesma forma que se fala.

Uma das competências avaliadas pelo Enem, por exemplo, trata dessa diferenciação que o aluno deve dar às palavras.

Evite, também, as gírias.

3. Falar o que todos sabem (truísmos)

Os chamados truísmos são denunciadores, em primeiro lugar, da fragilidade de nossas ideias, que se deixam assentar sobre o óbvio; em segundo, denunciam o uso do senso comum, das obviedades constantes que ouvimos.

Procure ser original em seus textos.

4. Queísmo (encadeamento de quês sequenciados)

A repetição de palavras é desagradável em toda e qualquer situação de avaliação escrita.

Se na fala temos os cacoetes, nos textos escritos vemos os alunos repetindo os mesmos termos várias vezes e isso revela descuido com a linguagem e, às vezes, falta de vocabulário.

5. Uso de provérbios ou ditos populares

Em minhas aulas sempre digo, para os menos experientes, que não usem “nem que a vaca tussa” os provérbios.

Não corra riscos.

Quando estamos sob forte pressão para escrever nossa dissertação no vestibular, acabamos por lançar mão de tais estranhezas que empobrecem o texto.

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6.  Uso de gírias

Entendo que o aluno passar, às vezes, 23 horas do seu dia falando gírias e escrevendo usando o internetês.

Nas aulas de redação, durante 50 minutos apenas, ele se vê obrigado a escrever usando o padrão culto da linguagem.

Às vezes escapa um ou outro termo gírico.

É preciso, no entanto, muita atenção porque demonstra falta de domínio da norma padrão e da situação de comunicação na qual ele se encontra.

7. Análise dos temas utilizando emoções exageradas

Muito cuidado ao escrever seu texto.

É comum que discordemos de algum posicionamento apresentado na coletânea, mas de maneira nenhuma podemos demonstrar nosso posicionamento usando emoções exageradas.

Elas aparecem em forma de superlativos, advérbios que revelam uma tendência muito extrema.

Muito cuidado sobretudo em questões polêmicas.

Tomando o devido cuidado com cada um dos pontos aqui apresentados, com um bom repertório prévio e descansado, não há como tirar uma nota baixa na redação.

Todo aluno precisa saber que escrever é mais transpiração, esforço, trabalho do que inspiração, dom.

Qualquer um pode escrever bem.