Que vença o pior!

“..Se devo orgulhar-me, que seja nas cousas que mostram a minha fraqueza”. (2 Co 11.30).

Já viu alguém se orgulhar de suas fraquezas? Já pensou alguém, feliz, todo orgulhoso, por ter sido considerado o pior jogador de futebol, o pior pescador, o pior ator, escritor, profissional de vendas, empresário mais fracassado,… Nossa sociedade só reconhece os melhores. Fomos treinados para isto, desde a infância. Oferecemos medalhas aos campeões, bolsa de estudos aos melhores alunos, melhores oportunidades de emprego aos mais destacados, convocação dos melhores jogadores (desculpe, foi mal!); enfim, em nosso meio só há espaço para os melhores. Há países que investem pesado em atletismo, só para demonstrar superioridade sobre os demais.

Na cidade de Corinto, havia um grupo de pessoas que se autodenominaram “líderes” ou na palavra de Paulo ” super apóstolos” (2Co 11.5). Eles eram ótimos de retórica, de discurso, e sabiam como influenciar o povo. Todavia, o ensino que ministravam, nada tinha de Evangelho, nem tão pouco o testemunho cristão. Porém, se orgulhavam de serem os melhores professores de “teologia” da época. Quando eram questionados pelos cristãos sobre o que pensavam de Paulo, referiam-se a ele como apóstolo de segunda categoria.

Então, com ironia em certos trechos, Paulo escreve sua carta aos cristãos de Corinto e aproveita para deixar claro seu “curriculum vitae” para que pudessem comparar com aqueles falsos apóstolos. Para evidenciar a diferença de postura, Paulo prefere gloriar-se nas suas fraquezas, debilidades, limitações, mostrando assim, sua total dependência de Deus. Esta é a atitude mais honesta do cristão: reconhecer que nada pode fazer, por si só, mas depende da graça de Deus. Jesus disse que estaria conosco todos os dias (Mt 28.20) e que o Espírito de Deus estaria nos dirigindo, em tudo (Jo 14.25). Por isto, podemos nos gloriar em nossas fraquezas, porque Ele, o Senhor, é a nossa força.

É necessário que Ele cresça e que eu diminua.