Atividade de interpretação de textos ➜ Umbrais
Interpretar textos abarca a leitura e a compreensão de textos escritos. É uma tarefa que para ser bem executada demanda conhecimento sobre vários assuntos como Gramática, Literatura e Semântica. Aqui em nosso conteúdo apresentamos uma vasta produção de exercícios de interpretação com gabarito. Você pode encontrar todos eles acessando aqui ou fazendo uma busca por exercícios de interpretação de textos com gabarito aqui na barra superior do site.
Além da busca por isso, aqui você verá a resposta para diversas outras questões como “Como ensinar interpretação de texto no ensino fundamental?”, “O que é interpretação de texto exercícios?”, “Como resolver questões de interpretação de texto?” e “Qual é a diferença entre compreensão e interpretação de texto?”. Além disso, você também poderá encontrar em nossos arquivos exercícios de compreensão e interpretação de textos pdf, atividades de gramática ensino médio, questões de interpretação de texto com gabarito ensino médio e exercícios de literatura enem. Caso queira material de outras áreas do conhecimento, também trazemos postagens sobre mapas do brasil e Tabela Periódica Completa e Atualizada.
Atividade de interpretação de textos
TEXTO XXXVI
OS UMBRAIS DA CAVERNA
RIO DE JANEIRO – Não sei por que(*), mas associei duas declarações da semana passada, feitas no mesmo dia, mas separadas por espaço e objetivo.
No Brasil, o presidente da República declarou que “já vamos transpor os umbrais do atraso”. No Afeganistão, um tal de Abdul Rahman, ministro do novo governo que ali se instalou, acredita que o país será invadido por turistas de todo o mundo interessados em conhecer Tora Bora e Candahar.
Louve-se o otimismo de um e de outro. Sempre ouvi dizer que o otimista é um cara mal-informado. As duas declarações, juntas ou separadas, são uma prova. Os umbrais do atraso que FHC anuncia transpor e os encantos turísticos do Afeganistão são boas intenções ainda distantes da realidade. Certo que não faltam progressos em nossa vida como nação e povo, mas o quadro geral ainda é lastimável, sobretudo pela existência de dois cenários contraditórios – um cada vez mais rico e outro cada vez mais miserável.
Os umbrais que separam a riqueza da miséria não serão transpostos com as prioridades que sete anos de tucanato estabeleceram para o país. Quando Maria Antonieta perguntou por que o povo não comia bolos à falta de pão, também pensava que a monarquia havia transposto os umbrais do atraso.
Quanto ao interesse de as cavernas de Tora Bora provocarem uma invasão de turistas, acho discutível esse tipo de atração. Reconheço que há exageros na massificação do turismo internacional, mas não a esse ponto.
Em todo o caso, não custa abrir um crédito de esperança para as burras do erário afegão. Se o ministro Abdul Rahman contratar um dos nossos marqueteiros profissionais, desses que prometem eleger um poste para a Presidência da República, é possível que muita gente vá conhecer as cavernas onde ainda não encontraram Osama bin Laden.
(Carlos Heitor Cony, na Folha de São Paulo, 13/1/02)
*A palavra aparece assim na edição eletrônica da Folha. No entanto, deve ser acentuada (quê).
194) O autor não acredita:
- a) na boa intenção do presidente da República.
- b) que o Afeganistão será invadido por turistas de todo o mundo.
- c) que o ministro afegão seja otimista.
- d) que o otimista é um cara mal-informado.
- e) em semelhanças entre as declarações de FHC e Abdul Rahman.
195) Maria Antonieta é comparada a:
- a) Abdul Rahman
- b) turistas de todo o mundo
- c) Tora Bora
- d) FHC
- e) um cara mal-informado
196) “…não custa abrir um crédito de esperança para as burras do erário afegão.” Neste trecho, “as burras do erário afegão” significam:
- a) as pessoas ignorantes do Afeganistão
- b) os animais de carga do Afeganistão
- c) os cofres do tesouro do Afeganistão
- d) o dinheiro da iniciativa privada do Afeganistão
- e) o dinheiro de empresas falidas do Afeganistão, confiscado pelo novo governo
197) Ao definir o otimista, o autor valeu-se de uma linguagem:
- a) hermética
- b) culta
- c) chula
- d) coloquial
- e) ofensiva
198) Para o autor, tanto FHC como Abdul Rahman:
- a) estão descontentes com a situação em seus países.
- b) têm ampla visão social.
- c) são demagogos.
- d) não têm preparo para ocupar seus cargos.
- e) são mal-informados.
199) Se levarmos em conta a afirmação de FHC, teremos de concluir que o Brasil:
- a) não é mais um país atrasado.
- b) continuará a ser um país atrasado.
- c) levará muitos anos para se desenvolver.
- d) em pouco tempo deixará de ser um país atrasado.
- e) tem condições de ser um país adiantado.
200) No último parágrafo do texto, o autor utiliza uma linguagem:
- a) metafórica
- b) hiperbólica
- c) irônica
- d) leviana
- e) pessimista
201) Para o autor, as declarações de FHC e do ministro só não têm em comum o fato de:
- a) serem equivocadas.
- b) partirem de pessoas otimistas.
- c) serem despropositadas.
- d) serem bem-intencionadas.
- e) supervalorizarem a capacidade turística de seus países.
P.s.: a numeração das questões segue a ordem do meu arquivo pessoal de atividades para Ensino Médio.