Atividade de interpretação de textos ➜ Umbrais

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Atividade de interpretação de textos

TEXTO XXXVI

OS UMBRAIS DA CAVERNA


RIO DE JANEIRO – Não sei por que(*), mas associei duas declarações da semana passada, feitas no mesmo dia, mas separadas por espaço e objetivo.

No  Brasil,   o   presidente   da   República   declarou   que   “já  vamos transpor os umbrais do atraso”. No Afeganistão, um tal de Abdul Rahman, ministro do novo governo que ali se instalou, acredita que o país será invadido por turistas de todo o mundo interessados em conhecer Tora Bora e Candahar.

Louve-se  o   otimismo  de  um  e  de  outro.  Sempre  ouvi  dizer  que o otimista é um cara mal-informado. As duas declarações, juntas ou separadas, são uma prova. Os umbrais do atraso que FHC anuncia transpor e os encantos turísticos do Afeganistão são boas intenções ainda distantes da realidade. Certo que não faltam progressos em nossa vida como  nação  e  povo,  mas  o  quadro  geral  ainda  é  lastimável, sobretudo pela existência de dois cenários contraditórios – um cada vez mais rico e outro cada vez mais miserável.

Os umbrais que separam a riqueza da miséria não serão transpostos com as prioridades que sete anos de tucanato estabeleceram para o país. Quando   Maria   Antonieta  perguntou  por  que  o  povo  não  comia  bolos à falta de pão, também pensava que a monarquia havia transposto os umbrais do atraso.

Quanto ao interesse de as cavernas de Tora Bora provocarem uma invasão de turistas, acho discutível esse tipo de atração. Reconheço que há exageros na massificação do turismo internacional, mas não a esse ponto.

Em todo o caso, não custa abrir um crédito de esperança para as burras do erário afegão. Se o ministro Abdul Rahman contratar um dos nossos marqueteiros profissionais, desses que prometem eleger um poste para a Presidência da República, é  possível  que  muita  gente  vá  conhecer as cavernas onde ainda não encontraram Osama bin Laden.

(Carlos Heitor Cony, na Folha de São Paulo, 13/1/02)

*A palavra aparece assim na edição eletrônica da Folha. No entanto, deve ser acentuada (quê).

194) O autor não acredita:

  1. a) na boa intenção do presidente da República.
  2. b) que o Afeganistão será invadido por turistas de todo o mundo.
  3. c) que o ministro afegão seja otimista.
  4. d) que o otimista é um cara mal-informado.
  5. e) em semelhanças entre as declarações de FHC e Abdul Rahman.

195) Maria Antonieta é comparada a:

  1. a) Abdul Rahman
  2. b) turistas de todo o mundo
  3. c) Tora Bora
  4. d) FHC
  5. e) um cara mal-informado

196) “…não custa abrir um crédito de esperança para as burras do erário afegão.” Neste trecho, “as burras do erário afegão” significam:

  1. a) as pessoas ignorantes do Afeganistão
  2. b) os animais de carga do Afeganistão
  3. c) os cofres do tesouro do Afeganistão
  4. d) o dinheiro da iniciativa privada do Afeganistão
  5. e) o dinheiro de empresas falidas do Afeganistão, confiscado pelo novo governo

197) Ao definir o otimista, o autor valeu-se de uma linguagem:

  1. a) hermética
  2. b) culta
  3. c) chula
  4. d) coloquial
  5. e) ofensiva

198) Para o autor, tanto FHC como Abdul Rahman:

  1. a) estão descontentes com a situação em seus países.
  2. b) têm ampla visão social.
  3. c) são demagogos.
  4. d) não têm preparo para ocupar seus cargos.
  5. e) são mal-informados.

199) Se levarmos em conta a afirmação de FHC, teremos de concluir que o Brasil:

  1. a) não é mais um país atrasado.
  2. b) continuará a ser um país atrasado.
  3. c) levará muitos anos para se desenvolver.
  4. d) em pouco tempo deixará de ser um país atrasado.
  5. e) tem condições de ser um país adiantado.

200) No último parágrafo do texto, o autor utiliza uma linguagem:

  1. a) metafórica
  2. b) hiperbólica
  3. c) irônica
  4. d) leviana
  5. e) pessimista

201) Para o autor, as declarações de FHC e do ministro só não têm em comum o fato de:

  1. a) serem equivocadas.
  2. b) partirem de pessoas otimistas.
  3. c) serem despropositadas.
  4. d) serem bem-intencionadas.
  5. e) supervalorizarem a capacidade turística de seus países.

P.s.: a numeração das questões segue a ordem do meu arquivo pessoal de atividades para Ensino Médio.