Homeostase – O que é? Quais os tipos? – Passar No Enem

O termo homeostase significa “permanecer o mesmo” e caracteriza uma capacidade extremamente essencial do organismo vivo.

De nada adiantaria organizar a composição química se não fosse possível manter constante essa organização.

Assim, o estado homeostático é o de equilíbrio das mais diversas funções e composições químicas.

A manutenção da temperatura corporal talvez seja a manifestação mais conhecida da homeostase, embora nem todo ser vivo a tenha.

Dessa forma, pode-se dizer que nem todos os seres vivos são homeotérmicos, mas todos eles são homeostáticos.


Outras manifestações da homeostase são o controle do pulso, da pressão arterial, da taxa de açúcar no sangue, a eliminação de excretas etc.

Assim, os seres vivos mantêm seu meio interno notada-mente diferente do externo, ao mesmo tempo que trocam substâncias com este.

Eles importam os alimentos para a produção de energia e exportam ao meio externo substâncias indesejáveis que prejudicam o autofuncionamento.

Além disso, o organismo impede a saída de material útil e bloqueia a entrada daquilo que é nocivo.

No nível celular, a membrana plasmática é a principal responsável por controlar a homeostase, visto que ela regula a passagem de substâncias e, consequentemente, a composição do meio interno da célula.

Metabolismo

Para manterem a homeostase, os seres vivos precisam realizar reações químicas.

Alguns organismos, como plantas e algas, são capazes de absorver a energia emitida pelo Sol e transformá-la em energia química, acumulando-a em ligações covalentes de certos compostos químicos (basicamente açúcares).

Tais organismos são denominados fototróficos (autótrofos fotossintetizantes) e seu processo de captação de energia é denominado fotossíntese.

Essa energia química armazenada será utilizada pelo próprio organismo fotossintetizante para a realização de suas funções vitais, como síntese de substâncias diversas, transporte de nutrientes etc.

Outros organismos, denominados heterotróficos ou organotróficos, por serem incapazes de realizar processos como a fotossíntese, valem-se da energia química armazenada em compostos orgânicos em plantas, algas e outros heterótrofos para sobreviver.

Essa energia é liberada dos nutrientes por meio de processos como a respiração e a fermentação.

Energia é fundamental para organismos vivos porque a síntese de moléculas das quais os seres vivos são constituídos requer energia.

Além disso, precisa-se de energia para o transporte de substâncias entre o meio interno e o externo, para a realização de movimentos e para a manutenção de uma temperatura compatível com a realização de reações químicas vitais.

Desse modo, torna-se necessário converter a energia química armazenada em vários compostos e em outras formas de energia, como energia mecânica, térmica, luminosa, elétrica e o que mais for vital ao organismo.

Dessa forma, denomina-se metabolismo (do grego metabole, “transformar”) o conjunto de processos químicos responsáveis pela transformação e utilização da matéria e de energia em seres vivos, podendo ser classificado como anabolismo ou catabolismo.

Anabolismo

As reações anabólicas (do grego ana, “erguer”) são reações de síntese de compostos com consumo de energia, sendo caracterizadas como endotérmicas ou endergônicas.

A + B + Energia —» AB

São exemplos desse processo a fotossíntese, a quimiossíntese e a síntese por desidratação.

As reações de síntese por desidratação, condensação ou polimerização são reações nas quais há liberação de água no processo.

Por exemplo, ao sintetizar-se uma proteína a partir dos aminoácidos que a constituem, tem-se uma reação desse tipo:

Aminoácido 1 + Aminoácido 2 + … + Aminoácido n -» -» Proteína + H20

Catabolismo

As reações catabólicas (do grego cata, “para baixo”) são reações inversas às anabólicas, pois envolvem a quebra (degradação) de substâncias com liberação de energia no processo, dessa forma, são denominadas exotérmicas ou exergônicas.

AB -> A + B + Energia

São exemplos desse processo a respiração, a fermentação e a hidrólise.

As reações de hidrólise são reações de quebra de substâncias com consumo de água no processo.

Por exemplo, ao quebrar-se uma proteína em seus aminoácidos constituintes, tem-se uma reação desse tipo:

Proteína + H20 _» Aminoácido 1 + Aminoácido 2 + … + Aminoácido n

O que marca a transição de vivo para morto?

Basicamente, o que marca essa transição é a perda do metabolismo e a consequente perda da capacidade de manter a homeostase. No caso do ser humano, a definição de morte é mais complicada, uma vez que se trata de um organismo pluricelular e nem todas as células morrem necessariamente ao mesmo tempo. Assim, é a morte cerebral que determina a morte do ser humano. Isso implica a morte de todas as estruturas do encéfalo, principalmente do bulbo, que é responsável pelo controle de funções vitais involuntárias, tais como respiração, ritmo cardíaco etc. Essa definição clínica de morte nem sempre foi empregada, uma vez que critérios como parada cardíaca e parada respiratória já foram mais utilizados para definir a morte. No entanto, o uso de aparelhos como desfibriladores para reversão de parada cardíaca e ventiladores artificiais para garantir a respiração de pacientes com parada respiratória possibilitou essa mudança nos parâmetros para vida e morte.