Modernismo – Semana Da Arte Moderna

Neste artigo você aprenderá um pouco mais sobre a Semana da Arte Moderna, evento muito importante para o Modernismo e, como sempre, assunto bastante presente nas provas de Linguagem do Enem.

Tudo sobre Semana de Arte Moderna

A SAM ocorreu de 11 a 18 de fevereiro de 1,922, Teatro Municipal de São Paulo.

Notícia do evento: “Vai começar enfim a Semana de Arte Moderna. Um grupo de moços, namorados da sinceridade, vai apresentar numa manifestação de força coletiva, única na América do Sul, as novas orientações das artes do tempo e do espaço. (…) A Semana de Arte Moderna é a mercadora de sorrisos. Para todos que não nos seguirem venderemos sorrisos de ironia. Para os ansiosos por nova aurora ofertamos sorrisos de confiança. Vinde pois adquirir uma felicidade no abundante pomar da mercadora de sorrisos. Toca o Hino!” – A Gazeta. São Paulo, 13/2/1922.

Participantes da Semana da Arte Moderna

• Música – Villa-Lobos, Guiomar Novaes, Paulina de Ambrósio, Ernâni Braga, Alfredo Gomes, Frutuoso, Lucília Villa-Lobos.

• Literatura – Mário de Andrade, Ronald de Carvalho, Álvaro Moreyra, Elysio de Carvalho, Oswald de Andrade, Menotti dei Picchia, Renato Almeida, Luiz Aranha, Ribeiro Couto, Deabreu, Agenor Barbosa, Rodrigues de Almeida, Afonso Schmidt, Sérgio Milliet, Guilherme de Almeida, Plínio Salgado.


• Escultura – Victor Brecheret, Hildegardo Leão Velloso, Haarberg.

• Pintura – Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Ferrig-nac, Zina Aita, Martins Ribeiro, Oswald Goeldi, Regina Graz, John Graz.

• Arquitetura – A. Moya e George Przyrembel.

Contexto histórico-cultural da Semana da Arte Moderna

• 1911 – Oswald de Andrade e Emílio de Menezes fundam o Pirralho, jornal humorístico em que Alexandre Marcondes Machado, o “Juó Bananere”, com seu Português macarrônico, trata com irreverência os intelectuais e políticos canastrões.

• 1913 – Lasar Segall realiza a primeira exposição de pintura moderna no Brasil, com quadros expressionistas que passaram completamente desapercebidos.

• 1917 – Mário de Andrade publica Há uma gota de sangue em cada poema, poesia de protesto contra a I Guerra Mundial. Guilherme de Almeida publica Nós, versos ainda impregnados de tons decadentistas e parnasianos. Menotti dei Picchia lança Juca Mulato, poema regionalista, sucesso de crítica e de público. Cassiano Ricardo, com A frauta de Pã, ainda pratica sonetos parnasianos. Manuel Bandeira estréia com A cinza das horas, “simples queixumes de um doente desenganado”.
No Rio de Janeiro, o músico francês Darius Mi-lhaud, entusiasmado com os chorinhos de Ernesto Nazareth, conhece Villa-Lobos, que já havia descoberto Stravinski. É gravado o samba “Pelo telefone”, com versos de Mauro de Almeida e música de João da Mata, Hilário Jovino, Mestre Germano, Sinhô e Donga (que registrou a composição em seu nome), grupo que freqüen-tava a casa de Hilária de Almeida, a Tia Ciata.

• 1917 – Primeira greve geral em São Paulo: 70 mil operários cruzam os braços, exigindo maiores salários e melhores condições de trabalho.

• 1917-1918 – Anita Malfatti realiza uma exposição com gravuras, aquarelas, caricaturas e desenhos. Estava aceso o “estopim do Modernismo”: a crítica se assusta com as mulheres de cabelos verdes e homens amarelos de Anita, e publica violentos artigos, como o de Monteiro Lobato: “Paranóia ou Mistificação”. Di Cavalcanti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti dei Picchia saem em defesa de Anita, formando a linha de frente da tropa de choque modernista.
“A estudante” quadro de Anita Malfatti (1918).

• 1920 – Oswald de Andrade descobre o escultor Victor Brecheret, que expõe a maquete do Monumento às Bandeiras, projeto que desperta enorme interesse nos jovens intelectuais.
ensino médio – 2a série