Olha o Passarinho!

Leitura: João 10.7-15

“Eu sou a porta; quem entrar por mim será salvo…” (Jo 10.9).

Aquele visitante vivia aparecendo no meu escritório, mas nunca entrava. Não conseguia. Tentava pelo lado errado, pela janela fechada. Pousava no peitoril e bicava o vidro. Cansado, parava e olhava para mim espantado, bico aberto – e tentava novamente. Desistia e batia asas. Aliás, acho que nem queria entrar. Enxergava sua imagem refletida no vidro e via um rival a expulsar do seu território. Confundia um fantasminha com a realidade e ficava aflito por isso.

Gastava energias e arriscava machucar-se para combater aquela ilusão. Interessante que, se achasse a entrada para minha sala, descobriria que: (1) o fantasminha não existe e (2) a realidade é muito diferente daquilo que parecia lá fora. Coitado do passarinho! Toda a liberdade para voar aonde quisesse, e ele preocupado com uma ameaça inexistente. A janela não é uma boa via de acesso. Entrar pela janela é não agir direito.

Pensando nisso e olhando para nossa vida, um poeta alemão disse mais ou menos o seguinte: “Se fecharmos a porta à fé, ela entrará pela janela como superstição; se negarmos o lugar a Deus, aparecerão os fantasmas.” O resultado é ilusão, susto, insegurança, terror. Jesus oferece acesso a alimento espiritual. A porta esta aberta. É só dirigir-se a ela. O resultado é liberdade e satisfação.

Muito melhor que preocupar-se com os fantasmas da superstição, que não passam de ilusão e ainda nos machucam. Ou você é como o passarinho, que nem quer entrar, vai virar as costas, voar para outra janela e começar tudo de novo? Por que não aproveita a oferta e troca a ilusão ruim pela realidade boa – os fantasmas por Jesus?

Confusão e mentira são irmãs; verdade e clareza também.